Enviada em: 28/10/2017

Não é difícil lembrar notícias disseminadas na internet que possuam títulos sensacionalistas. Essa imagem tornou-se frequente nos dias de hoje, uma vez que se vive em uma sociedade na qual a busca pela atenção do público levou os meios de comunicação utilizarem artifícios que prejudicam a qualidade da informação. Nesse contexto, é imprescindível o debate a respeito dos perigos ocasionadas pelas fakes news na sociedade contemporânea; infere-se que essa conjuntura é ocasionada, sobretudo, pelo caráter mercadológico que o informe passou apresentar e pela ausência da visão crítica dos indivíduos.    Um dos tópicos que devem ser abordados é a visão capitalista adotada pela maioria dos meios de comunicação. É indubitável que a notícia teve um papel essencial na formação das sociedades, constituindo um objeto de transformação do cenário coletivo. No Brasil, não foi diferente, esse serviço possibilitou importantes movimentos políticos, como observado no protesto dos caras pintadas. Porém as circunstâncias atuais, em que as tragédias passaram a ser vistos como um objeto de lucro levam questionar o principal objetivo desses meios. Nesse cenário, a hipérbole ou a criação de notícias falsas tornaram-se artifícios ignóbeis da impressa na busca por leitores, prejudicando, consequentemente, a qualidade das informações. Dessa forma, é imprescindível que o Ministério Legislativo proporcione ferramentas que revertam essa conjuntura.      Ademais, não há dúvidas que a ausência de um posicionamento crítico dos indivíduos frente às informações contribui para perenizar o impasse. A 3ª revolução industrial foi responsável por revolucionar os meios de comunicação, proporcionando um rápido acesso a esta. Se por um lado esse fluxo garantiu a globalização das notícias, por outro suscitou uma realidade na qual os indivíduos tornam-se alienados. Nesse contexto, é inquestionável que a população deve estar atenta a fonte e a confiabilidade dos dados encontrados no ambiente virtual, posto que estes podem afastá-lo do conhecimento verdadeiro. Além disso, devem estar em uma constante busca da instrução afim de não estarem suscetíveis a manipulação.    Torna-se evidente, portanto, a necessidade de medidas para reverter o impasse. Em primeiro lugar, o Ministério Legislativo deve criar um canal telefônico de denúncias acerca de notícias falsas, as quais serão apuradas e investigadas; instituindo multa e retratação das empresas autuadas. Nesse contexto, também devem ser realizados projetos nessas instituições, promovendo palestras afim de atentar para a necessidade da veridicidade das informações disseminadas. Dando continuidade, o Ministério da Educação realizará rodas de conversas nas escolas, com sociólogos, objetivando incentivar a posição crítica frente às informações. Só assim, os perigos das fake news na sociedade serão superados.