Enviada em: 30/10/2017

Na contemporaneidade, tem-se discutido acerca da disseminação das notícias falsas no meio virtual e, sobretudo, suas consequências na sociedade. Dessa forma, essa problemática vem tornando-se gradativa no mundo, uma vez que, afeta diretamente a opinião pública e fragiliza os meios de informação. Nesse contexto, deve-se analisar como o sensacionalismo exacerbado e a liquidez social causam a problemática em questão.           Em primeiro lugar, é importante frisar que o sensacionalismo é o principal fator das informações inverídicas. Diante disso, nota-se que as informações falsas podem atingir diretamente as relações interpessoais, principalmente quando relacionadas a fatos sócio-políticos. A esse respeito, a empresa norte-americana “BuzzFeed”, na última eleição presidencial dos Estados Unidos, afirmou em pesquisa que a disseminação das “Fake News” corrompe interesses nacionais, pois, no período em questão, esse feito divergiu opiniões em todo o território estadunidense.        Outrossim, em conformidade ao que defende o sociólogo Zygmunt Bauman, em sua obra “Modernidade Liquida”, a liquidez é a principal vicissitude da pós- modernidade. Por consequência, a rapidez com que as pessoas se comunicam impede, na maioria das vezes, de buscarem a verossimilhança dos fatos. Além disso, a propagação de informações falsas, principalmente no “facebook” invento de Zuckerberg, expande-se instantaneamente uma vez compartilhada. Segundo o G1, 40% dos usuários que utilizam esse meio de informação não conseguem detectar veracidade dos fatos, e acabam alienando-se quando tal assunto vai de acordo com o seu intelecto.      Fica evidente, portanto, a necessidade de acabar com a cultura da desinformação na contemporaneidade. Desse modo, a Agência Lupa – responsável pela “fact-checking” no Brasil – deve ensinar aos cidadãos a questionar a veracidade das informações veiculadas, por meio de campanhas na aferição da verossimilhança, a fim que identificar-se a fonte e a linguagem utilizada no conteúdo checado, e, consequentemente, consigam findar com tal notícia inverídica. Sendo assim, os interesses nacionais serão preservados, e o Brasil deixará de ter, na prática, a verdade fragilizada.