Enviada em: 30/10/2017

As "Fake News" não são notícias fantasiosas, mas sim, falsas que, com certos artifícios, aparentam ser verdadeiras. Tal informação, remete a um tempo de regimes totalitários no qual fatos eram manipulados a favor dos interesses políticos daqueles que estavam no poder. Entretanto, com a maior disseminação da internet, das redes sociais e aumento da polarização política, essa situação ganhou enormes escalas.    Primeiramente, é importante explorar o conceito de pós-verdade, eleita pela universidade de Oxford, a palavra do ano 2016. O termo se refere à situações nais quais notícias que reforcem certo ponto de vista ou crença têm mais influência que fatos reais e objetivos, o que aumenta a "produção" de relatos inverídicos. Nesse contexto, é possível relembrar o boato amplamente divulgado de que o Papa Francisco apoiava a candidatura de Donald Trump, mesmo que, fontes confiáveis tenham desmentido a história.    Aliado a isso, estão as redes sociais, local em que uma mentira pode ser compartilhada com diversas pessoas em tempo real. No Facebook, por exemplo, os conteúdos mais acessos e curtidas possuem maior alcance, não importando se são verdade ou não, não é à toa, que segundo a revista Época, as "fake news" viraram um grande negócio. Por conseguinte, a rede social supracitada, anunciou que sites que compartilham conteúdo falso não poderão usar a sua rede de anúncios, que permite que eles exibam propaganda e ganhem dinheiro com isso.    Diante dos fatos expostos, fica claro a necessidade de mais medidas que tornem o espaço virtual um meio de informação confiável. Para que isso ocorra é preciso que os meios de comunicação - televisão, rádio e, principalmente, redes sociais - veiculem propagandas que incentivem a verificação da fonte de uma notícia; além disso, que instituições de ensino promovam palestras, com os próprios professores e profissionais da comunicação, onde o tema seja discutido e a valorização das informações verídicas seja feita, mesmo que vá contra as ideologias do indivíduo. Por fim, medidas como a do Facebook, devem ser mantidas e tomadas como exemplo por outros meios, para que assim, a opinião dos cidadãos seja baseada em fatos concretos e não mentiras.