Enviada em: 02/11/2017

No limiar do século XXI a globalização atinge seu auge através do acesso quase que irrestrito a internet. A democratização dessa ferramenta se deu de tal maneira que a Organização da Nações Unidas declarou que o acesso a esse instrumento é um direito humano. No entanto, o mau uso da internet para difundir noticias falsas tem provocado debates sobre a motivação e a disseminação provocada pela seleção afetiva da verdade por parte da população.       Mormente, é necessário entender que devido ao grande número de pessoas que utilizam as redes sociais para se informarem, a divulgação de fake news configura um instrumento de manipulação social. De acordo com a Teoria Crítica posposta por Adorno e Hokheimer, a indústria cultural, fruto do capitalismo, é a responsável pela perda da autonomia consciente da população e consequente alienação. Sendo assim, os interesses políticos e econômicos, principais motivações dessa disseminação, utilizam da cultura popular de credibilidade nas informações compartilhadas para obter vantagens, o que o ex-presidente dos Estado Unidos, Barack Obama, chamou de corrida pelo ouro digital.       Ademais, a junção das crenças pessoais, da emoções e da falta de senso crítico não só tem feito com que notícias falsas sejam divulgadas rapidamente, mas também, dá as noticias que agradam a opinião uma valorização superior a dada as noticias verdadeiras. Diante disso, é perceptível que a era da pós verdade só ganhou espaço porque não há uma preocupação por parte da sociedade sobre a veracidade dos fatos.       Destarte, para que as fake news possam ser combatidas, faz-se necessário que líderes mundiais imponham ao Google, Facebook e demais redes ou sites sociais que impeçam que notícias falsas ganhem remuneração e que criem um selo de credibilidade para identificar os sites confiáveis . Além disso, os governos devem criar organizações de detetives virtuais que assegurem a veracidade das noticias divulgadas durante as campanhas eleitorais, sendo os infratores multados e tendo o site excluído.