Enviada em: 31/10/2017

Para um futuro melhor             Segundo o sociólogo Zymunt Bauman, em sua obra "Em busca da política", nenhum país que esquece a arte de questionar pode esperar encontrar respostas para os problemas sociais que o afligem. Nessa perspectiva, tornam-se passíveis de discussão os problemas enfrentados, hoje, pela sociedade brasileira no que tange aos perigos da Fake News. Logo, poder público e coletividade devem unir forças objetivando combater esse problema social.                A princípio, vale ressaltar que o Brasil vem lutando contra a discriminação vivenciados desde a Colonização, o qual baseia-se em separação social e de intolerância. A partir disso, há um crescente aumento de produção de notícias não verdadeiras nos principais meios de comunicação por empresas que lucram através da manipulação de notícias e de pessoas gerando transtornos sociais e, não menos importante, disseminam fragmentos de ideários antigos - preconceito, machismo, intolerância a diversidade de gênero -. Dentre vários exemplos, destaca-se a criação de um pseudônimo Amina Aballah Arraf, sendo discutido em um blog as suas dificuldades de ser homossexual na Síria e um suposto sequestro que mobilizou todo o mundo.                 Em paralelo à questão da atuação das leis, é essencial valorizar as leis das Contravenções Penais, sendo seu artigo 41 um decreto de crime aos atuantes que provocam pânico ou tumulto através de anúncios de perigos inexistentes. No entanto, é de vasta importância a participação popular em questão de compreender, de buscar a verdade através de outras notícias e de desacreditar em anúncios com temas absurdos para que não haja maior repercussão dessas notícias, visto que em certos casos há súbitas consequências como mortes. Prova disso, em 2014 a dona de casa Fabiane Maria de Jesus foi espancada até a morte por vizinhos após a divulgação de boatos de seu envolvimento em rituais de magia negra com crianças do seu bairro.                       Urge, portanto, que medias sejam tomadas com vista aos perigos das Fake News. Para tanto, a mídia, principal difusora de informação, em parceria com o Ministério da Justiça deve investir em locais de atendimento gratuito para denúncias de supostas notícias falsas. Ademais, o Ministério da Educação em parceria com as empresas tecnológicas devem promover um aplicativo virtual educativo, que atinja amplo território nacional, no intuito de ensinar os brasileiros como identificar informações não verdadeiras. Desse modo, observada uma ação conjunta entre instituições públicas e sociedade civil, o país dará passos mais firmes na direção de um futuro melhor.