Enviada em: 31/10/2017

Em tempos de polarização política, em que até a verdade é muitas vezes inacreditável, notícias falsas tornam-se cada vez mais comuns. Conhecidas como Fake News ou Hoax, têm como objetivo convencer o leitor e manipular a opinião pública a respeito de um fato. Todavia, engana-se quem acredita que as Fake News são invenção do mundo moderno. O escritor inglês Charles Colton ainda no século XVIII citou que "A má informação é mais desesperadora do que a não-informação". Menciona-se, nesse sentido, Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda do Partido Nazista e responsável pela divulgação de filmes em que informações eram distorcidas a fim de manipular a opinião pública acerca do regime comandado por Hitler.       Desde então, decisões fundamentais para o mundo são tomadas com base em Hoax. Haja vista a eleição americana de 2016, em que o candidato vencedor, Donald Trump, as utilizou para angariar votos. Dentre as declarações sem provas, destaca-se aquela em que acusou a, sua oponente, Hillary Clinton, de ser fundadora do grupo terrorista Estado Islâmico. Outra Fake News que potencialmente conquistou votos para Trump foi o apoio do líder da Igreja Católica, fato que nunca ocorreu.      Diversos fatores colaboram para o surgimento das Fake News. Comumente compartilhadas em redes sociais, ganham ares de veracidade quando lidas por internautas que, por desconhecimento acerca do mundo digital, são crédulos a tudo que leem. Soma-se a isso a polarização do mundo atual, em que tudo o que ataca o oponente atende aos interesses do leitor, mesmo se tratando de uma mentira. Nos dois casos, o leitor torna-se o elo entre a notícia e sua ampla divulgação.       Conclui-se então que as Fake News devem ser combatidas, uma vez que,  Compete a gestão pública garantir a educação digital e criar medidas punitivas efetivas para autores das Hoax. Por fim, é fundamental seguir o exemplo da Suécia, que obrigou as redes sociais a criarem mecanismos de cruzamento de bases para minimização da veiculação dessas notícias.