Enviada em: 01/11/2017

A Comunicação na Contramão da Informação         Na Segunda Guerra Mundial, os veículos de comunicação foram demasiadamente manipulados por Hitler, com a finalidade de difundir ideais arianos para convencer a massa alemã. Embora date de décadas atrás, é incontrovertível que as mídias, em geral, ainda são adulteradas propositalmente para vender alguma ideia, ademais, na hodierna conjuntura global e brasileira vive-se o lamentável bombardeio das “fakes news”. Isso se deve, entre outros fatores, à facilidade de propagação de notícias via internet, somado à problemas socioeducacionais.        Primeiramente, é indubitável que a Internet é uma gigante propulsora de informações, ainda que essas nem sempre sejam verídicas. Dessa maneira, as falsas notícias estão cada vez mais corriqueiras, devido à praticidade de disseminação, majoritariamente via redes sociais, o que impacta prejudicial e diretamente na sociedade, pois pode conter informações que gerem pânico, comoção, e até casos de linchamentos, como ocorreu em Santos em 2014, que uma mulher foi espancada até a morte após divulgarem caluniosamente que ela praticava magia negra com crianças.        Ainda nesse contexto, como afirmado por Aristóteles “A dúvida é o princípio da sabedoria”, infere-se, um déficit muito forte na educação dos brasileiros, pois não há, em sua maioria, um censo crítico muito aguçado nos cidadãos para discernir se o que foi divulgado na internet é verdade ou não. Simultaneamente, a problemática se agrava à medida que o público leitor compartilha as “fakes news”, corroborando mesmo que indiretamente com esse miasma social. Em suma, se todos buscassem maiores informações para sanar dúvidas e agregar conhecimento, isto poderia ser evitado e minimizado através de simples autenticações das noticias em outras –seguras- fontes.        Urge, portanto, reversões dos entraves supramencionados. Cabe à Polícia Federal em parceria com o departamento de segurança de informação das principais redes sociais criarem um canal online de denúncia para averiguarem e auditarem estas embustes divulgações, para assim, punir os principais responsáveis pelas disseminações, que seguindo o código penal e civil, seriam enquadrados por calúnia, comoção interna ou por geração de calamidade pública. Não obstante, é dever do Ministério da Educação divulgar através de propagandas televisivas a importância dos cidadãos criarem o hábito da pesquisa, para serem cada vez mais detentores de conhecimento e ficarem menos suscetíveis a esses tipos de adversidades. Destarte, seria possível mitigar essa lúgubre tribulação que a sociedade brasileira consente.