Enviada em: 01/11/2017

“Uma mentira repetida mil vezes tona-se verdade”. Com essa frase, o ministro de propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels, resume a consequência trágica da divulgação de falsas notícias. Dessa forma, vivendo-se em um período de revolução da comunicação, fruto da era digital, o compartilhamento das “Fakenews” torna-se demasiadamente progressivo e, consequentemente, severos problemas sociais são gerados.       A princípio, notícias inverídicas não só ferem a moral de diversas pessoas como também colocam-as em perigo em face de uma sociedade extremamente discriminatória. Diante disso, um exemplo marcante foi o caso da escola Base, onde um casal foi acusado de estupro de crianças, sendo noticiado nos jornais de todo o Brasil, sem prova concretas nem qualquer chance de defesa. Sendo assim, mesmo tratando-se de uma notícia equivocada, a escola foi fechada e ambos tiveram suas vidas arruinadas, sofrendo ameaças e reprovações pela sociedade. Ou seja, o veiculamento de notas falsas corrobora para injustiças severas.       Outrossim, um dos principais motivadores de notícias mentirosas e sensacionalistas é o comércio de cliques na internet. Nesse contexto, através de manchetes chamativas, os sites recebem maior número de visitantes, elevam as visualizações da página virtual e então aumentam os ganhos financeiros com publicidade. Sendo assim, esse mercado de cliques na internet incentiva a criação de informações apelativas, corroborando para situações de injustiças, movidas pelo interesse individual midiático, e, por conseguinte, prejudicando a coletividade.       Fica evidente, portanto, a necessidade  da ação mútua entre Estado e sociedade. Para isso, cabe ao Ministério da ciência, tecnologia, inovações e comunicações a iniciativa de publicar nas mídias sociais instruções à população, contendo dicas de como certificar-se da veracidade das matérias, para que a sociedade tenha consciência dos compartilhamentos. Dessa forma, é possível contornar a frase de Goebbels e viver em um país melhor.