Os avanços tecnológicos e o acesso facilitado ao mar de informações são características marcantes da sociedade contemporânea. No entanto, toda essa tecnologia traz consigo muitos perigos, dentre eles a criação e difusão de notícias falsas ou fake news, essas, por sua vez, podem acabar agindo como ferramentas de manipulação ideológica e incentivadora de atos violentos. Primeiramente, é importante salientar que a mídia se mostra, ao longo da história, como um forte agente manipulador. Prova disso encontra-se no movimento nazista em que Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha nazista, fez amplo uso dos meios de comunicação para difundir inverdades sobre o povo judeu, promovendo o sentimento anti semita que levou a morte de milhões de indivíduos. Desse modo, fica claro o poder de influência ideológica que a mídia possui. Ademais, é importante frisar que, com o advento da expansão do uso de redes sociais, a veiculação e acesso às notícias falsas têm aumentado e levado a algumas consequências trágicas. Exemplo disso está no caso de Fabiana de Jesus, linchada em 2014 no Guarujá, após serem divulgados, nas redes sociais, boatos de que ela praticaria rituais de magia negra envolvendo crianças. Evidencia-se assim que a era da pós verdade traz riscos que vão além do simples fato de espalhar um boato, podendo colocar em risco a integridade e a vida de seres humanos. Portanto,o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação deve elaborar e promover em outdoors, rádio, TV e redes sociais campanhas que visem a educação digital da população, isto é, orienta-la quanto as atitudes que devem ser tomadas diante das informações que recebem por meio da mídia, a fim de evitar a propagação de mentiras e as consequências provenientes. Além disso, o Poder Legislativo deve aprovar leis como a do projeto do deputado Luís Hauly que prevê tornar crime a divulgação de informações falsas, desse modo, provavelmente, as fake news e seus terríveis resultados diminuirão exponencialmente.