Enviada em: 02/11/2017

Podemos afirmar que a disseminação de notícias falsas nos meios de comunicação vem crescendo de forma alarmante nos últimos anos e produzindo danos irreparáveis em nossa sociedade. Nesse sentido, convém analisarmos os perigos desta situação que afeta tanto as vítimas diretamente envolvidas como toda a população. No que se refere aos danos individuais, pode-se perceber que eles vão além de um boato ou fofoca. O fluxo de informações aumentou principalmente após a década de 90 com a explosão da globalização. Se durante a Idade Média apenas a nobreza possuía o acesso ao conhecimento, hoje somos expostos aos fatos em tempo real além de ajudarmos na sua propagação, infelizmente muitas vezes sem nenhuma análise crítica de sua veracidade. Essa difusão das chamadas "fake news" contribuem para atos de violência que se tornam cada vez mais frequentes em nosso meio. Não obstante, informações infundadas podem influenciar a opinião pública e a política. Assim elas manipulam a verdade modificando os rumos da política e economia. Um exemplo disso foi o que ocorreu nas eleições americanas onde notícias falsas em favor do atual presidente Trump influenciaram o resultado das eleições. Convém lembrar que atualmente existem fábricas de inverdades; empresas que, para conseguir maior número de visualizações e consequentemente maior faturamento, apostam nessas informações polêmicas e inventadas.  É necessário, portanto, que busquemos o resgate dos valores morais e uma conduta honesta. Nesse sentido, empresas responsáveis por redes sociais, devem promover debates e campanhas para a educação digital  dos seus usuários. Além disso, outra medida eficaz seria a aprovação no congresso de leis específicas para esse tipo de crime como o projeto de lei apresentado recentemente para a tipificação criminal de tal divulgação. Assim, como texto bíblico citado pelo Papa Francisco sobre este tema: "a verdade vos tornará livres".