Enviada em: 02/11/2017

A escola literária barroca, trazida pelos portugueses em meados de 1600, carregava consigo uma tensão  ideológica e uma oposição entre seus elementos. Assim como a dualidade era presente na literatura barroca, o duplo caráter das notícias veiculadas é um mal que a atual fase da revolução industrial, a globalização, nos concedeu.  A propagação de  falsas notícias promovida para determinados interesses é um perigo na era da informação, pois além de provocar alarme na sociedade, colabora para disseminar agendas ideológicas que em muitas vezes intensificam uma cultura de ódio presente no país.               Propagar notícias com falta de veracidade e provocar alarme na sociedade, pode se tornar sim um caso judicial, conforme o artigo 41 das contravenções penais. Além de potencialmente se tornar um caso jurídico, as falsas notícias culminam, em algumas situações, a proliferar episódios alarmantes, constrangedores e violentos na sociedade. Existe uma teoria filosófica que admite a existência de diversos pontos de vista, o relativismo sofista, no entanto, não deve ser conclusivo que o uso da  falta de verdade, um dos "ponto de vista", seja  certo.           As novas ferramentas informatizadas da comunicação são um importante fator do chamado processo de globalização e  auxiliam na veiculação de informações, em grande maioria, conduzida por uma cultura de massa.  Segundo a indústria cultural, no conceito de Adorno e Horkheimer, há um estimulo de classes dominantes em divulgar uma determinada cultura, e é o que acontece igualmente com determinadas notícias veiculadas. Isso se torna muito perigoso, em algumas situações, pois corrobora com a propagação de posturas muito perigosas para a sociedade como: a homofobia, o racismo e a intolerância religiosa.             Torna-se evidente a importância de incentivar uma educação digital para se obter uma melhoria no processo da comunicação, incentivando os usuários utilizarem o meio comunicativo de forma inteligente, evitando colocar na rede falsas noticias. Diante disso, é necessário que a equipe publicitária do Ministério da Educação promova campanhas educativas que auxiliem crianças, jovens e adultos sobre o uso consciente do meio de comunicação, externalizando os possíveis efeitos que o mal uso pode causar, com entrevista de psicólogos e educadores que usam a plataforma digital para o bem da sociedade. Pois, "a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo", assim disse Nelson Mandela.