Enviada em: 03/11/2017

Durante o Governo Constitucional de Getúlio Vargas, a notícia de que comunistas tentariam assumir o poder político no país foi altamente dissipada entre a população, mesmo sendo uma mentira. Em semelhança ao Plano Cohen, milhares de brasileiros ainda disseminam notícias falsas, utilizando a internet e as redes sociais como meio de circulação. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como a  imparcialidade da mídia e falta de educação digital da sociedade civil.   Em primeira análise, cabe pontuar que as notícias falsas são amplamente divulgadas pela mídia devido a interesses políticos e econômicos. Ocorrida a Revolução Informacional do século XXI, as notícias falsas se espalham de forma rápida pelas redes, gerando um comércio de informações não verdadeiras, organizados por conglomerados jornalísticos e empresas, que almejam benefícios, como a manipulação das massas. Um exemplo disso está na vitória eleitoral do presidente Donald Trump, que usou as redes para propagar boatos sobre a adversária, e assim ganhou popularidade. Entretanto, o espalhamento de boatos é fruto da alienação das massas, confirmada pela teoria do filósofo Adorno, que afirma que a indústria cultural se aproveita da alienação para vender e propagar ideologias. Dessa forma, percebe-se que a mídia deverá realizar um jornalismo verídico para o fim do problema.  Ademais, convém frisar que a sociedade civil não se preocupa com a veracidade das informações recebidas pela internet, o que também é oriundo da alienação provocada pela indústria cultural. Entre a população, não há um senso crítico e políticas que incentivem a educação digital dos usuários, como por exemplo, a checagem de fontes e datas das notícias recebidas, além de confirmar autenticidade por outros veículos de informações confiáveis. Dados da fonte G1 afirmam que 40% dos brasileiros não conseguem identificar imagens manipuladas, e assim cada vez mais pessoas  compartilham boatos pelas redes Facebook e Whatsapp. Em virtude disso, muitos cidadãos são vítimas da manipulação e sofrem calúnia, difamação e muitas vezes até violência devido as noticias falsas. Percebe-se então que são necessárias políticas educacionais para prevenção e combate de notícias falsas na internet.   Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que a mídia brasileira realize um jornalismo imparcial e dinâmico, propagando apenas notícias verdadeiras, e assim cumpra a sua função de informar a população fielmente sobre os fatos, o que contribuirá para a diminuição do problema. Além disso, é necessário que o Governo Federal realize campanhas em escolas, em níveis fundamental e médio, e em veículos de informação, como rádio e TVs, que alertem a sobre a problema e incentivem a checagem de fontes, datas, e investigação em outros veículos sobre o que está sendo transmitido, para que não ocorram mais vítimas, e assim, erradicar a questão.