Enviada em: 04/11/2017

Grandes líderes políticos, como Getúlio Vargas e Hitler, usaram programas midiáticos e propagandas para recortar a realidade e enaltecer seus governos e ideologias. Hodiernamente, sob uma ótica de mercado, a mídia tenta vender suas notícias, deturpando a realidade e alimentando um ciclo vicioso de produção e consumo dessas falsas ideias.       Em vista disso, é indubitável que a concorrência no mercado publicitário e propagandístico seja uma das causas do problema. De acordo com a seleção natural de Darwin, aquele que menos se adaptasse ao ambiente, seria extinto. Assim, na perspectiva capitalista, as empresas tentam se adequar ao mercado globalizado e criam notícias falsas para vender mais, descumprindo, assim, a função referencial dos veiculadores da realidade.   Ademais, devido aos recursos persuasivos desses meios, há a continuidade de compra e crença nas fake news. Parafraseando Theodor Adorno, o homem tem a liberdade de sempre escolher as mesmas coisas. Em decorrência disso, o indivíduo decide comprar a ideia daquilo que o impressiona, característico das falsas notícias. Desse modo, o perigo dessa prática decorre na crença de uma realidade inexistente.       Destarte, é preciso que a mídia cumpra seu papel de retratar a realidade para a sociedade. Assim, compete ao Ministério Público a acusação dos veiculadores de notícias falsas, visto que podem agir contra a moral e imagem de um grupo ou indivíduo. É necessário que esse processo seja ágil, a fim de impedir a propagação de mais fraudes. Concomitantemente, as Instituições educacionais devem promover palestras e seminários esclarecendo aos jovens, principais usuários dos meios de comunicação, sobre como reconhecer uma notícia falsa e prezar pela difusão de fontes confiáveis, com o objetivo de incentivar o criticismo e a descrença nas falsas realidades. Dessa forma, espera-se que a produção de fake news seja cada vez mais reduzida.