Enviada em: 26/11/2017

Todos os usuários das redes, em algum momento, já acreditaram em uma embusteirice. O mercado de Fake News, assim como Michel Foucault,  entende que o saber e o poder se inter-relacionam e para obter vantajem, induz leitores ao erro acarretando problemas sociais graves, exclusão e violência.   No entanto, apesar do dano causado na população pelo compartilhamento de "hoax" (termo em inglês para embuste, notícia falsa.), muitas entidades têm usado essas notícias como meio de obter benefícios e lucros através da manipulação de informações nas redes. Em 2016, o dicionário anual de Oxford declarou a verbete em inglês "Pós-verdade" a palavra do ano, pelo uso abusivo de mentiras usadas na campanha do então presidente americano Donald Trump e na votação do referendo "Brexit", onde partidos  inventaram gastos com a União Europeia que não existiam.   Outrossim, apesar da astúcia das informações enganosas, a responsabilidade por sua efetivação nas redes e prejuízos sociais é da própria população. A falta de educação, ética, senso de consequência dos atos e análise de fontes absolutamente confiáveis acarretam injustiças: como o caso de uma dona de casa linchada até a morte por vizinhos no Guarujá, devido a um boato no Facebook, que a acusava de sequestrar crianças para rituais de magia negra.   Destarte, o uso de mentiras para menear massas é algo ancestral e possui consequências gravíssimas na história. A propaganda Nazista de Hitler foi um exemplo de como as pessoas podem ser facilmente envolvidas através de suas crenças, por analíticos sagazes e bons oradores.     Portanto, é inescusável a criação de um órgão regulador brasileiro que fiscalize o combate de Fake News nas redes e responsabilize com multas os sites que permitem a disseminação de conteúdo tendencioso. Pois é necessário não somente desacelerar essa tendência crescente em tempos líquidos, mas também educar digitalmente a sociedade criando jurisprudência.