Enviada em: 16/01/2018

Efeitos nocivos das fake news na era da pós-verdade        "Vacinas matam". "Terra plana". "Obama, o fundador do Estado Islâmico". São algumas notícias recentes que levantaram debates em torno de um assunto em comum: As fake news. No que se refere a essa problemática ao longo dos tempos, a humanidade ainda enfrenta questões mal resolvidas. Se por um lado, uma parte da população sabe discernir e checar as informações veiculadas; por outro, a detração com viés ideológico elegem, inclusive, presidentes. Nesse sentido, é crucial avaliarmos alguns aspectos para combater esse mal.       Em primeiro plano, as redes sociais servem de ferramenta para propagação das fake news. No século XVI, era do Iluminismo, Diderot e D'alembert, no intuito de disseminar conhecimento, criaram a enciclopédia e essa era a forma de checar algumas informações já comprovadas pela comunidade científica da época. Já, atualmente, vivemos em um período em que grande parte da população utiliza ferramentas como o Google para fazer a checagem de informações. Contudo, pelo narcisismo ser uma marca contemporânea, as pessoas compartilham rapidamente notícias que tenham identificação com aquilo que já acreditam, sem comprovarem a sua veracidade. Assim, é crucial conscientizar a população sobre os malefícios da veiculação de notas que não condizem com a verdade.       Entretanto, um grande problema consequente é estarmos inseridos em uma época onde mentiras estão em ambos os lados da polarização, elegendo ou retirando líderes do poder e isso é nocivo. Quando o presidente norte-americano Donald Trump, veicula que o seu antecessor Obama é fundador do Estado Islâmico em TV aberta, infelizmente, só comprova que a frase atribuída a Joseph Goebbels "Uma mentira é contada muitas vezes, torna-se verdade", nunca faria tanto sentido quanto na era da pós-verdade.       Fica evidente que é necessário, portanto, um esforço conjuntural em relação ao risco das notícias falsas divulgadas sem a sua correta comprovação. A mídia juntamente com as universidades devem divulgar e levantar debates em torno do assunto dentro de todos os veículos de informações possíveis. Criando vídeos, banner e cartazes que conscientizem e, principalmente, ensinem a sociedade a fazer a checagem com o máximo de fontes possíveis para se comprovar os fatos. Divulgando dados de pessoas que estão sendo punidas por Lei por inventarem ou propagarem as fake news, com o intuito de influenciar e gerar discussões mais abertas em ambientes diversos. Embora todo esforço seja conjutural, é necessário dar o primeiro passo.