Enviada em: 24/01/2018

Títulos instigantes, textos absurdos, matérias em geral chamativas, assim apresentam-se as fake News ou notícias falsas. Elas fazem-se presentes em um período em que a informação é de extrema importância, o que causa problemas inaceitáveis no âmbito social e da segurança pública. São situações perigosas que merecem atenção.        Ao criar uma notícia falsa, uma pessoa acaba gerando o que Max Weber chama de ação social, pois é possível constatar nessas situações o fato de que a conduta de um indivíduo fomenta as ações alheias. Normalmente tais postagens são produzidas intencionalmente com palavras alarmantes, o que passa aos leitores a sensação de preocupação e urgência, levando-os a compartilha-las, antes mesmo de verificar a veracidade da fonte. Dessa maneira, tais boatos são propagados gerando impactos negativos no meio comunitário, como a difamação das vítimas.        Ademais, é possível notar-se um alto teor de insegurança global para com essas atitudes, uma vez que não há uma maneira de prever o que se pode acontecer quando uma falsa notícia é propagada. Da mesma maneira, é impossível saber se a ordem conseguirá ser restabelecida, caso os boatos forem desmentidos, como o ocorrido nas eleições para presidência dos Estados Unidos da América em 2016, onde a candidata Hillary Clinton foi vítima de boatos como os que diziam que ela havia vendido armas para o Estado Islâmico, mesmo após os esclarecimentos, ainda é possível perceber desconfiança entre as pessoas, não só relacionado a essa ocorrência, mas a todos os fatos mentirosos publicados.        Medidas, em suma, devem ser tomadas para mudar essa situação. Sendo assim, a Polícia Federal, em parceria com referências na tecnologia, como a empresa Google, deve investir recursos e esforços na criação de um departamento que fique responsável por perscrutar e delatar criadores e propagadores de falsas informações, contratando, para este fim, jornalistas investigativos, e profissionais da computação que possam retirar tais postagens das redes. Com esse mesmo intuito, os Ministérios da Educação e da Cultura, juntamente com as mídias sociais Facebook e Twitter, entre outras, devem criar e publicar cartilhas didáticas que orientem os usuários de tais meios comunicativos a identificar e combater tal crime, para que dessa maneira possa-se atender tais situações tornando-as a cada vez menos enfáticas e perigosas.