Enviada em: 19/01/2018

No século VI, na Idade Antiga, o historiador bizantino Procópio espalhou notícias falsas sobre o imperador Justiniano,acabando com a reputação dele.Desse modo, percebe-se que as fakes news não são uma invenção atual. Porém, foi na contemporaneidade que elas ganharam força,com a fácil disseminação permitida pelas redes sociais. Nesse viés, vale analisar os perigos individuais e para toda sociedade acerca desse assunto.                                                                                                                     Cabe pontuar, em primeiro plano, que a internet tem papel participativo ao acesso a informação dos brasileiros.Tendo em vista que, segundo pesquisa do Instituto Reuters 72 % das pessoas dos centros urbanos utilizam apenas as redes sociais para se informarem. Entretanto, o perigo está no consumo de informações falsas ou adulteradas,que reflete inclusive na saúde das pessoas.É comum posts com títulos sensacionalistas indicando alimentos para o emagrecimento, ou alertas contra prevenções de doenças, por exemplo: as vacinas, causando riscos aos indivíduos .Como o que aconteceu em 2008, na África do Sul,onde o presidente do país vitima de ideias espalhadas por fake news suspendeu o uso de medicamentos para o tratamento da Aids,que casou 365 mil mortes,segundo o UOL notícias.               Além disso, outro perigo a ser analisado é que, as fakes news também afetam o processo eleitoral. De modo que, são utilizadas para denegrir a imagem de determinado candidato, atrair eleitores de um grupo específico ou firmar posicionamentos numa sociedade ideologicamente polarizada, influenciando assim negativamente na escolha de representantes. Atualmente, no Brasil, isso é um desafio no processo democrático. Haja vista que, 12 milhões de pessoas difundem notícias falsas sobre política, segundo o Grupo de Pesquisas em Políticas Públicas para o Acesso a Informação da USP.Dessa maneira, esse tipo de desinformação pode exercer influência nas próximas eleições presidenciais.             Em suma, é necessário evitar esses perigos. Logo, para que sejam elucidados é preciso que a população tenha senso crítico aguçado para identificar as falsas notícias. Portanto, as mídias sociais junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia devem educar a população por meio de campanhas e cartilhas, que orientem as pessoas a verificar a fonte da notícia e desconfiar de títulos apelativos. Ademais, a Agência Brasileira de Inteligência junto a Polícia Federal deve investigar os casos de fakes news na política. O Poder Legislativo por sua vez deve criar uma lei específica que criminalize essa prática, para que o Poder Judiciário junto e o TSE punam os responsáveis. Além disso, os aplicativos de redes sociais e sites podem criar um mecanismo de denúncias, para que seus usuários as efetuem, e quando identificadas falsas informações,elas sejam retiradas do ar,além de não serem remuneradas. Com essas ações os perigos da desinformação não serão mais um impasse.