Enviada em: 22/08/2018

No livro “A Sociedade do Espetáculo” do filósofo Debord, ele mostra que a sociedade valoriza o ter em vez do ser. Nessa perspectiva, não há dúvida que a ostentação tornou-se um valor do século XXI. Isso ocorre não só por questões culturais, mas também pelo culto a classe média alta.       Primordialmente, é imprescindível analisar o impacto que a cultura gera no comportamento dos indivíduos. Segundo a Escola de Frankfurt, a arte é utilizada para determinar o agir e pensar da população. Assim, não faltam exemplos no cinema, como “Velozes e Furiosos”, que associa à felicidade com bens materiais. Por conseguinte, pessoas “bombardeadas” com filmes que valorizam a ostentação, acabam apenas se sentindo realizadas quando consomem e mostram mercadorias caras.         Outrossim, é preciso compreender que existe uma idolatria na riqueza. Conforme Freud, os pobres são seduzidos pelos ricos, consequentemente, buscam ter o mesmo estilo de vida dos abastados. Sob esse viés, ao adquirirem produtos considerados da elite, sentem-se como se fizessem parte dela. Concomitantemente, nas redes sociais exibem produtos elitizados, como símbolo de status sociais.         Fica claro, portanto, que medidas são fundamentais para combater os malefícios da ostentação. Cabe ao Ministério da Cultura, incentivar filmes que cultivem virtudes positivas, isso pode ser feito por isenções fiscais a cinemas cults, a fim de formar pessoas que não associem uma vida bem-sucedida com consumismo. Ademais, os cidadãos devem romper com o culto ao estilo de vida do rico, por meio de hábitos minimalistas, para que encontrem plenitude em coisas simples.