Enviada em: 31/05/2017

"Tenho, logo existo". Esse é o pensamento de uma parcela da sociedade. No século XXI, o termo "ostentar" se tornou comum, e os indivíduos que se utilizam desse termo estão mais preocupados, como o próprio significado diz, em exibir-se, mostrar-se, ou seja, estão mais preocupados com o ter ao invés do ser. Esse comportamento é , sobre tudo, influenciado pela indústria cultural.      A indústria cultural, através de sua linguagem apelativa, vende constantemente novos padrões, um deles é a "arte de ostentar". Através da música, pode-se observar essa influência, como por exemplo no funk ostentação. Porém, não só na música como também nas propagandas, cria-se a necessidade do consumo, do ter; surgindo, a partir disso, a obrigação pessoal de se encaixar nos padrões que a mídia impõe, pois o ter ou parecer ser é mais importante que a essência.           Por conta dessa necessidade de ter, pode-se observar inúmeras consequências. Dentre elas está o consumismo que pode acarretar no endividamento financeiro dos viciados em ter. Além disso, outro empecilho é o aumento de pessoas que fingem ser aquilo que não são, ou seja, escondem sua essência por medo de exclusão social, pois não se encaixam no "estilo ostentação" do século XXI.               Fica claro, portanto, que é preciso recuperar a ideia de que o ser é mais importante que o ter. Para isso as escolas deveriam discutir sobre o assunto através de aulas e palestras, visando criar cidadãos mais conscientes sobre a importância do ser sobre o ter. Além disso, a mídia através de campanhas televisivas e virtuais, deveriam alertar sobre os perigos do consumo desvairado. E por fim, cabe a sociedade consciente sobre os perigos dessa ostentação, orientar aquela que ainda os desconhecem, através de grupos e páginas nas redes sociais.