Enviada em: 18/07/2017

Com o advento da globalização, o desenvolvimento do capitalismo e sua cultura do consumo, um novo valor tem sido inserido na coletividade: a ostentação. Ela tem como propósito exibir os bens materiais em busca de status, respeito e manifestar seu valor diante de um grupo. Essa prática acaba por privilegiar o ter ao invés do ser, distorcendo valores e transformando as pessoas em mercadoria. Logo, é preciso amenizar este celeuma.       Cabe aqui pontuar que a moda de ostentar tem ganhado destaque na periferia através do funk e, tem levado pessoas a esbanjarem em suas compras, desfilando pelas ruas com roupas de marca, vários acessórios de ouro e carros de luxo. Tudo isso ocorre, muitas vezes, pelo desejo de ascensão social, pela indispensabilidade de aceitação em um grupo, para preencher um vazio, ou o que é pior, quando a necessidade de aquisição do bem não é real.        Vale ressaltar também que, segundo o IBGE, o consumismo vem aumentando exponencialmente junto com os índices de inadimplência. Esses últimos, conforme a Serasa, atingiam sessenta milhões de brasileiros em 2016, totalizando cerca de R$256 milhões em dívidas. Este consumo exagerado além de prejudicar o orçamento familiar acaba por incentivar, indiretamente, as grandes empresas a gerir o recursos naturais de maneira não sustentável em sua ânsia por lucro.       Diante do exposto, o Estado, através dos Ministérios da Educação e da Cultura, com recursos do BNDES, poderia desenvolver campanhas na grande mídia, nas associações de moradores e nas escolas. Nelas, professores e psicólogos atuariam  instruindo a população quanto à administração dos seus gastos, bem como, sobre o valor do indivíduo na sociedade, que vai muito além do ter.        Enfim, é preciso valorizar a individualidade de cada um. Cada cidadão é imprescindível na construção de uma coletividade mais harmoniosa e com um índice de consumo equilibrado.