Enviada em: 01/06/2018

A obsolescência programada é tida como o processo de tornar um produto obsoleto automaticamente depois de algum período de uso. Por ser a base da economia capitalista, esse método é crescentemente comum e acomete principalmente produtos eletrônicos, os quais passam a se tornar inúteis com maior frequência, e, por isso, enormes quantidades desses produtos são despejadas no mesmo local que os demais lixos, indo, assim, para aterros sanitários. Essa prática recorrente é o principal perigo da obsolescência programada, pois afeta os ecossistemas negativamente.     A aplicação empírica da obsolescência programada aconteceu no fim da crise do fordismo dos anos 70. O fordismo, modelo produtivo caracterizado por produzir produtos altamente duráveis, dentre outros fatores, entrou em crise por causa dessa característica, que fez os consumidores perderem a necessidade de comprar novos produtos, já que estes eram muito duráveis, fato que estagnou a economia e por isso gerou a crise. Nesse contexto surge o modelo produtivo toyotista, que trouxe consigo a ideia de programar a obsolescência automática de um produto como uma das saídas para o caos causado pela longa durabilidade do mesmo. Esse cenário explicita o quão fundamental o ciclo de obsolescência programada é para a consolidação da prática econômica capitalista, e, por isso, é profundamente comum nas sociedades. Em razão disso, a obsolescência programada se tornará mais frequente e, se tais produtos não forem destinados corretamente, podem parar em locais inapropriados. É,  então,  um perigo constante a sociedade, já que muitas vezes não é regulado da maneira correta.    É notório que o ciclo de obsolescência programada afeta majoritariamente os produtos eletrônicos, que quando se tornam inúteis, é comum que sejam descartados no mesmo local que os demais tipos de lixo, e, por isso, o destino final é os aterros sanitários. Ao chegar nos aterros, os eletrônicos prejudicam o meio ambiente, pois possuem metais pesados que contaminam o solo e o lençol freático, podendo, assim, atingir ecossistemas e dificultar a vida humana nas sociedades e biodiversidade local, já que há risco de contaminação da água e de e rios.     Ao reafirmar o que foi dito, se torna cógnito que essa prática é paulatinamente comum, e, para diminuir os danos por ela provocados, é ideal que o governo instaure uma lei responsável por induzir a sociedade a descartar o lixo eletrônico em locais que serão escolhidos pelo poder público, para que nesses locais os metais pesados e outros constituintes sejam reutilizados e transformados em matéria prima para atividades industriais. Para, assim, ao reduzir o descarte desse lixo nos aterros sanitários, o meio ambiente seja preservado, fazendo com que o principal perigo da obsolescência programada a sociedade seja neutralizado.