Enviada em: 22/08/2018

Desde a década de 1950, as propagandas e divulgações são as responsáveis por disseminar novos produtos dos mais variados tipos e utilidades. Além disso, a adesão ao plástico tomou conta da composição e da montagem da maioria dos gêneros industrializados, tornando-os mais descartáveis e baratos para produzir. No contexto atual, a obsolescência programada surge como catalisadora do descarte compulsivo, especialmente de produtos tecnológicos. Porém, existem diversas problemáticas em torno da curta vida útil dos bens de consumo, como a exploração exacerbada de recursos naturais e a geração de lixo de difícil degradação no meio ambiente.     Diante do exposto, é inegável a importância das descobertas técnico-científicas nos meios de comunicação e nas redes de serviços globais. Contudo, diariamente surgem inovações e atualizações no mercado, e a relação entre extração e reposição de matérias primas é desproporcional. Para ilustrar, cita-se a "Água Virtual", um termo contemporâneo utilizado para contabilizar a quantidade de água empregada na produção de um gênero industrializado ou não. Como exemplo, é estimado que cerca de 31,5 mil litros de água são utilizados na fabricação de um computador portátil, cujo tempo médio de vida útil é de 5 anos. Fica claro, portanto, a insustentabilidade entre o que é investido de recursos naturais e o que retorna a natureza em forma de lixo tóxico e materiais químicos nocivos à vida.     Outro aspecto a ser abordado envolve a questão da consciência social, no que diz respeito à responsabilidade do consumo e descarte de lixo. Atualmente, são atípicos os projetos ambientais, e, quando existem, são poucos divulgados e não recebem os incentivos para a continuidade do trabalho. Visto o atual cenário global, tais iniciativas seriam de extrema importância para a construção individual de uma melhor compreensão acerca do meio ambiente e de seus recursos, os prejuízos causados pelo consumo compulsivo e a busca por alternativas e novas práticas sustentáveis.   Dessa forma, é inevitável uma intervenção global para desacelerar o consumo e o descarte. É necessário, portanto, uma ação da Organização das Nações Unidas, em conjunto com suas derivações como a Organização Mundial da Saúde e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Devem ser elaboradas restrições e obrigações de responsabilidade com o consumidor e o meio ambiente, como por exemplo oferecer descontos para quem usar sacolas retornáveis. Assim, cada país deve trabalhar em cima de suas particularidades e necessidades, sendo os Governos Federais os grandes responsáveis pelos incentivos aos projetos nacionais de sustentabilidade. Logo, assumir a responsabilidade com as gerações futuras significa adotar e transmitir novos valores morais e humanos em relação aos recursos naturais.