Enviada em: 06/10/2018

A Revolução Industrial possibilitou à Europa no século XVIII uma produção mecanizada em larga escala, o que rendeu grande lucro para as empresas. Decorrente ao marco histórico, a obsolência programada foi introduzida com o intuito de gerar mais ganho para as empresas de tecnologia, através da diminuição da vida útil dos eletrônicos obtêm-se novas compras. Contudo, o problema atual da obsolência programada é o estímulo ao consumismo e descarte indevido dos eletrônicos, sendo prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente., o que faz a necessidade de uma intervenção.   A princípio, a grave consequência que a sociedade enfrenta com a obsolência programada é o impacto ambiental que ela propicia. A fim de ilustrar o problema mundialmente, segundo a ONU, cerca  de 49 milhões de toneladas de dispositivos elétricos são jogados fora todos os anos. Seu descarte indevido em massa é alarmante, precipuamente devido a ausência de comunicação e instrução das empresas para com os compradores, em conjunto com a falta de coleta de lixo eletrônico nas cidades. Por conseguinte, no âmbito nacional, de acordo com o Ministério da Saúde, o lixo eletrônico descartado impropriamente no meio ambiente leva à contaminação por metais pesados, de modo a afetar a qualidade do solo e da água. Ademais do risco à saúde das pessoas viverem ao redor de aterros sanitários contaminados com esses metais.    Indubitavelmente, a displicência atual correlaciona com o avanço do consumismo. Como dito anteriormente, a Revolução Industrial potencializou as vendas em massa, consequentemente, pessoas sentiam a necessidade de comprar ainda mais sem houver necessidade, hoje conhecida como uma compulsão. De certo, além da obsolência programada promover novos aparelhos de tecnologia e induzir a sociedade a compra-los, as propagandas excessivas que associam o consumo à felicidade têm fundamental relevância para obter um comportamento compulsivo, carecendo de assistência psicológica  e profissional para tratar deste transtorno que afeta parte da população brasileira.   À vista disso, é primordial a mediação de políticas públicas para combater a obsolência programada. Primeiramente, cabe ao Ministério do Meio Ambiente promover a fiscalização de lixo eletrônico descartado indevidamente com multa, além de disponibilizar junto ao Ministério das Cidades, postos de coletânea de lixo eletrônico, com o intuito de controlar e limpar o meio ambiente. Outrossim, empresas privadas devem fornecer informação de descarte apropriada e propagandas adequadas  de seus produtos com conscientização, sem o uso de alusão ao consumismo desenfreado. Também, o Ministério da Saúde deve disponibilizar consultas com o psicólogo para aqueles que sofrem com o consumismo, ademais de conscientizar a população da obsolência programada por meio da mídia.