Enviada em: 14/10/2018

Na animação Wall-E é retratado um futuro distópico onde a vida na terra se tornou impossível, devido ao exacerbado consumismo que gerou grande produção de lixo. Tendo em vista o enredo desse filme e o mundo hodierno consumista, percebe-se que se medidas não forem tomadas, agora, o futuro será dramático, assim como na animação.    Primeiramente, é necessário destacar que o problema da absolência progamada tem se tornado inevitável ao logo dos anos. Pois, com a constante criação de novas tecnologias, crescimento de corporações que estimulam esse caráter consumista e o ritmo frenético das grandes cidades,cria-se um ciclo vicioso de consumo, baseado na constante necessidade da compra de novos produtos. Tal ideologia é perigosa, porque afeta a capacidade das pessoas de distinguirem o que é realmente necessário e o que não é. Logo, acumula-se produtos desnecessários que não são descartados de maneira correta.    Ademais, a problemática do consumismo gerado pela obsolência dos produtos acarreta outros perigos, como o lixo. De acordo com os filósofos Horkheimer e Adorno, a sociedade capitalista contemporânea, devido a influência da industria de massa, aliena-se e pouco se importa com a sociedade circundante. A partir disso, entende-se que a grande quantidade de lixo no mundo é reflexo não só da falta de um pensamento crítico sobre a absolência programada e suas consequências, do que acontece com um produto depois que se torna obsoleto, mas como também, da escassez de medidas governamentais para amenizar os desdobramentos dessa problemática.      Portanto, diante dos fatos citados, exigem-se medidas. Em primeiro lugar, é necessário que a mídia, por seu alcance social, em parceria com ONGs, criem campanhas que abordem a problemática, mas que também ensinem como fazer o descarte correto de um produto que parou de funcionar. Além disso, a criação de leis pelo legislativo e o governo supremo, de todos os países, mostra-se pertinente para garantir uma maior proteção do meio ambiente. Pois assim, criar-se-á uma sociedade consciente da inevitabilidade da obsolência programada, mas que saiba como lidar com os seus perigos e não agrava-la.