Enviada em: 30/01/2019

O estilo de vida americano, chamado de American Way of Life, instituído depois das duas Guerras Mundiais, mostrou ao mundo o maior objetivo do sistema capitalista: o lucro. Nessa perspectiva, esse modelo de vida serviu como uma válvula de escape para os estadunidenses, no sentido em que cobria as perdas sofridas nos conflitos, sejam elas físicas ou psicológicas, através do consumo. Como a compra exacerbada por parte dos americanos gerou grande lucro as empresas, outros países adquiriram esse modelo de consumo na busca por poder aquisitivo. Em concomitância à esse modelo, foram criadas outras características que contribuíram para um maior montante às empresas, entre elas está a obsolescência programada, que, com o intuito de instituir uma validade aos produtos, acaba gerando problemas ao meio ambiente e à saúde pública.       Em meio a esse assunto, é válido ressaltar que a obsolescência programada foi criada com o objetivo de aumentar o consumo dos produtos pelas pessoas e, consequentemente, beneficiar as indústrias com a maior produção. No entanto, o aumento do número de produtos ofertados gerou danos ao meio ambiente já que a grande quantidade de objetos descartados em um menor intervalo de tempo produz muito lixo. Esses dejetos, se não forem descartados adequadamente, podem produzir problemas maiores, como a poluição dos mares e oceanos, causando a morte de muitos animais, que acabam ingerindo ou ficando presos nos resíduos.        Além disso, o próprio ser humano sofre com as consequências do seu hábito consumista, na medida em que dejetos eletrônicos, por exemplo, se não forem reciclados, podem infiltrar no solo e contaminar as vias fluviais subterrâneas. Nessa lógica, se tais vias forem usadas para consumo humano, vários indivíduos serão contaminados por metais pesados presentes nas baterias, por exemplo. Esse feito assemelha-se à frase de Thomas Hobbes,  "o homem é o lobo do homem", visto que, ao tentar se beneficiar, o ser humano que descarta erroneamente o lixo produzido por ele acaba afetando sua própria espécie.       Portanto, ações são necessárias para minimizar os efeitos da obsolescência programada. Nesse âmbito, o Ministério Público deve promover a criação de um certo tempo que um produto deve durar e a devida fiscalização de tais produtos nas empresas, sendo feito por meio de instituições fiscais, que visitem as empresas periodicamente e atribuam multas para aqueles fora da lei, no intuito de gerar menos objetos descartados. Ademais, o Ministério do Meio Ambiente deve estimular a reciclagem do lixo, o que pode ser feito mediante a viabilização de leis que considerem o descarte errôneo como crime, para que, aos poucos, a quantidade total de dejetos não afete as diversas áreas do ambiente.