Enviada em: 06/03/2019

Durante o período Fordista, produzia-se em massa um único modelo. Hoje, pós Crise de 29, o modelo Toyotista prega estoques vazios, variedade de modelos, produtos pouco duráveis, obsolescência programada. Com isso, estimula-se a compra constante, e, consequentemente, produção de lixo em larga escala. Logo, tem-se o fetichismo da mercadoria, o que gera danos tanto ambientais quanto sociais.    Em primeiro plano, vale salientar que o consumo exacerbado tem como base a extração em mesma proporção. Os recursos naturais, em sua maioria, são findáveis, à vista disso, devem ser consumidos com moderação. Uma vez que, desmata-se as florestas com o fito de fazer produtos pouco duráveis, que terão de ser repostos, suscita-se o aquecimento global e, em decorrência, o derretimento das calotas polares. Segundo pesquisas da Global Footprint Network, os atuais padrões de consumo médio da humanidade demandam uma área de um planeta e meio para sustentá-los.   Em segundo plano, desde a década de 50, com a implementação do Toyotismo, ampliou-se a relação entre consumo e felicidade. De acordo com o sociólogo Karl Marx, é presente, na sociedade moderna, o "fetichismo da mercadoria", no qual o homem é transformado em coisa. Associado à teoria do Sociólogos Polonês, Bauman, de que se vive em uma modernidade líquida, fica perceptível a inversão dos valores, em que o ter é superior ao ser.    Dessa forma, evidencia-se que a obsolescência programada e o consumo exorbitante acarretam problemas em diversos âmbitos. Portanto, cabe às escolas em junção com as famílias promover, por intermédio de palestras, pesquisas e trabalhos individuais e em grupo, educação financeira e ambiental, com o intuito de mostrar as consequências do consumismo. Ademais, cabe à mídia, promover a reflexão sobre o preço do desenvolvimento, por meio de ficções engajadas. Assim, conseguir-se-á uma sociedade que concilia desenvolvimento e sustentabilidade.