Enviada em: 23/03/2019

O final da década de 90 foi marcado por uma efervescência no campo da tecnologia, em especial na utilização de internet nos computadores. A explicação tem seu início na Terceira Revolução e se expande para a Quarta Revolução, onde a tecnologia começou a fazer parte não só da vida cotidiana, mas também de indústrias. As palavras 'lixo' e 'tecnologia' podem ser tidas como antagônicas, mas nunca fizeram tanto sentido quando unidas.        As indústrias participam de uma corrida por lucros, busca de novos mercados e investimentos, para isso, lançam produtos com alguma nova tecnologia em um curto período de tempo. Com todos esses lançamentos, o problema com lixo eletrônico se torna constate e difícil de se resolver. Esse lixo, tem destino certo: os lixões de países mais pobres, que recebem benefícios para absorver esse descarte. Em sua maioria, os materiais que são utilizados em produtos inovadores têm um alto índice de contaminação, tanto para o solo, inutilizando-o para agricultura, bem como para o homem, ocasionando doenças e sintomas variados.        Em outra vertente, o consumidor contribui com essa troca de equipamentos, por vezes, desnecessária. Muitos equipamentos não precisam ser substituídos no tempo em que as indústrias esperam, esses aparelhos podem passar por um conserto ou serem doados para alguém que possam reaproveitá-los. O que falta para o consumidor são informação dos materiais utilizados na fabricação e seu malefícios quando em contato inapropriado com o meio ambiente, o consumo consciente, formas adequadas de destinar o que de fato precisa ser reciclado ou jogado fora, como também onde esse material deve ser designado.        Dessa forma, munidos de informações, o consumidor se torna o protagonista no combate aos lixões tecnológicos. O consumidor deve cobrar de grandes empresas um posicionamento a favor do meio ambiente, com fabricação de produtos que agridam em menor grau, criação e ampliação de pontos de coletas de material para descarte. Aliado à isso, empresas como o Sebrae podem contribuir dando suporte para a criação de serviços que utilizam da ferramenta de reciclagem de peças de tecnologia, gerando renda e novos empreendimentos, e também parcerias com os Correios para transportar esses equipamentos de lugares mais distantes dos centros de reciclagem.