Enviada em: 04/05/2019

Desde a consolidação da Terceira Revolução Industrial nos anos 70, adotando o modelo de produção Toyotista, consolidou-se uma nova lógica de produção e com ela à Obsolescência Programada. Nela, os produtos são produzidos e intencionalmente “sabotados” pelas empresas, para que durem “o tempo da garantia mais um”. E agora, com o advento das novas tecnologias os perigos da obsolescência programada escalonaram em grau devastador. Diante disso, urge uma análise dela: em relação à indústria de smartphone; e seus perigos em meio a uma sociedade cada vez mais consumista e de padrões. Primeiro, em relação à indústria de smartphone, duas práticas de obsolescência programada são as mais comuns.     A primeira delas, a duração das baterias: no iphone é uma realidade ainda mais escrachada, já que o usuário assim que o compra pode verificar nas configurações do aparelho quanto tempo aquela bateria funcionará normalmente até começar a apresentar problemas – “bateria viciada”. Segundo, a obsolescência do sistema operacional do aparelho: uma vez que existem aplicativos para quase tudo e que são constantemente atualizados, tornando os usuários cada vez mais escravos. Nisso, o aparelho comprando no início do ano, e que rodava todos os aplicativos normalmente, em poucos meses já não os suportam mais e começam a travar, apresentam desempenho lento, e acaba levando o usuário trocar de aparelho.     E isso tem levado a sérios problemas para a sociedade, especialmente em relação ao meio ambiente, quando aliado a uma sociedade de padrões e cada vez mais consumista e individualista. Sendo que a lógica da obsolescência programada é fazer com que as pessoas comprem em intervalos de tempo cada vez menores “o mesmo” produto, além de boa parte das indústrias não terem o menor comprometimento e responsabilidade pelo destino final dos produtos, o meio ambiente torna-se diretamente impactado pela grande quantidade de lixo produzido a cada segundo, em escalas exponenciais, afetando a fauna e flora local e global, causando graves desequilíbrios ecológicos.     Portanto, cabem os Governos e Órgãos Internacionais junto as Indústrias estabelecerem leis de responsabilidade quanto a ciclagem de seus produtos, para que assim, as empresas sejam impactadas e também tenham que lidar com os perigos provocados pela sua perversa lógica de mercado, a fim de combater a obsolescência programa, e diminuir com isso os impactos negativos que tem afligindo o meio ambiente.