Enviada em: 27/05/2019

No contexto socioespacial global, sobretudo a partir da Crise de 1929 - a qual levou diversas empresas a programar o encurtamento da vida útil dos produtos para aumentar a demanda nas vendas - muito se tem discutido acerca dos impactos da obsolescência programada na atualidade. Dentre fatores de abordagem, destacam-se : a elevação do consumo e do lixo eletrônico.      Primeiramente observa-se que segundo a lógica mercadológica capitalista uma determinada mercadoria que não se desgasta é um desastre para os negócios, uma vez que a tendência máxima do produtor é obter maior lucro, consequentemente, as pessoas precisam comprar e consumir logo, a saída prática é desenvolver aparelhos com tecnologias mais avançadas e sofisticada para aquele instante de tempo, como ocorre com a Apple.     Vale ressaltar , também, que a redução da vida útil de eletrônicos traz sérias consequências ao meio ambiente, haja vista que existe o descarte irregular e inadequado do lixo produzido, por consequência os solos, lençóis freáticos e o próprio ar são contaminados, tornando assim o espaço suscetível ao surgimento de doenças, como o câncer por exemplo. Segundo a ONU, em 2017 aproximadamente 50 milhões de lixo eletrônico foi produzido e descartado em todo o globo, sendo 1,4 milhões do Brasil, que só recicla 2%, resultado da falta de políticas públicas de fiscalização.         Faz-se necessário, portanto, a atuação dos Estados Nacionais, em parceria com a ONU, na elaboração de medidas fiscalizadoras quanto ao destino do lixo, assim como seu adequado manejo e tratamento, por meio de postos de coleta ou até na transformação desse em novos produtos ou geração de energia pelo uso dos metais nele encontrados, como o Japão realiza, a fim de reduzir o acentuado impacto ambiental. Além da participação das empresas, como a Samsung, na extensão de prazos de validade e garantia, no intuito de amenizar este cenário obsoleto no mundo.