Enviada em: 10/10/2017

Na contemporaneidade, tem-se discutido acerca da obsolescência programada no Brasil. Dessa forma, percebe-se que as mercadorias produzidas, na conjuntura hodierna, possuem a utilidade limitada. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a visão de lucro em demasia e o uso impulsivo de recursos naturais.    Em primeira análise, cabe pontuar que, segundo Karl Marx, criou-se um fetiche sobre a mercadoria: constrói-se a ilusão de que a felicidade seria encontrada a partir da compra de um produto. De maneira análoga, muitas empresas, a fim de usufruir dessa fragilidade da sociedade, usa o discurso de bem-estar relacionado à aquisição de bens para promover produtos e intensificar os lucros. Por conseguinte, diferentes mercadorias deixaram de dispor de um alto padrão de qualidade e durabilidade devido a redução da vida útil como forma de rendimento.   Além disso, convém frisar que a produção em escala hiperbólica coloca em ameaça a disponibilidade de recursos naturais, os quais são utilizados como matéria-prima. Consoante a isso, o uso inapropriado dos bens oriundos da natureza tem acentuado a devastação de ecossistemas, espécies de animais, como também da água que é vital para a manutenção da vida. Dentro dessa lógica, nota-se que a dificuldade em resguardar o meio ambiente mostra-se fruto de um sistema ligado, sobretudo, a fabricação em massa e o lucro.   Diante dos fatos mencionados, fazem-se necessárias mudanças para solucionar a problemática. Assim sendo, é imprescindível que o Ministério da Justiça inspecione as indústrias brasileiras, a partir de visitações e fiscalização de produtos, com o propósito de garantir que as mercadorias compradas pela população estejam sob a condição de qualidade e durabilidade impostas pelo Código de Defesa do Consumidor. Outrossim, é essencial que o Ministério do Meio Ambiente averigue as condições da utilização de recursos naturais, por empresas,