Enviada em: 03/11/2017

A obsolescência programada foi criada no início do século XX nos países capitalistas, com o objetivo direto de nutrir e fortalecer o consumo. Uma vez que, a inutilidade de um produto cria imediatamente a necessidade de obtenção de outro, seja pela substituição inevitável ou pelo prazer de comprar. Mas sem levar em consideração os impactos negativos gerados ao longo do tempo, tornando- se nocivos à vida humana. Podemos, então, observar no excessivo consumismo social, na escassez ambiental atrelada a baixa qualidade de vida do cidadão brasileiro graves consequências a serem analisadas.   As sociedades contemporâneas buscam satisfazer desejos dos mais variados possíveis na manutenção do padrão consumista desordenado. Para o economista e reformista Willian Beveridge " O fim material de toda a atividade humana é o consumo", afirmação que caracteriza um comportamento adquirido pelo indivíduo, passando este a comprar por simples hábito e não para sanar algo necessário e inerente a sua sobrevivência. Esse fenômeno global de exploração de recursos visando atender uma demanda extremamente exigente, apoiada por mecanismos propagandistas que estimulam perfis preestabelecidos de beleza e bem estar. Tornando, na verdade, a população refém do capitalismo abusivo.    Além disso a degradação ambiental é reflexo de um progresso agressivo sem levar em conta as gerações futuras. Segundo o Painel Intergovernamental Sobre Mudança do Clima (IPCC), os gastos mundiais de insumos naturais é maior do que a capacidade das mesmas nações de renová-los. Podendo ser confirmado no aumento da temperatura da terra, no esgotamento das fontes de água potável e no desmatamento, problemas gerados pela extração irregular de materiais feitos por grupos industriais objetivando o crescimento econômico em detrimento do meio ambiente. Não levando em conta, também, os aspectos finitos desses recursos. Algumas regiões brasileiras já enfrentam o racionamento hídrico devido a falta de chuvas como visto no nordeste do país e o crescimento das áreas de desertificação atrapalhando a produção agrícola do local.     Ainda dentro da ótica discutida constatá- se que a qualidade de vida das populações de países em desenvolvimento acaba comprometida drasticamente. O aumento de doença causadas por agentes poluentes atmosféricos prejudica o desenvolvimento de crianças e eleva o surgimento de tipos de câncer como o de pulmão que não tem cura. Um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a poluição como um dos fatores responsáveis pela mortalidade infantil no Brasil    A extração e utilização de recursos naturais desde sua forma mais primitiva gera um efeito na sociedade que pode ser ou não prejudicial, dependendo portanto de quem e como o faz. Sendo assim, cabe ao cidadão priorizar a sustentabilidade, buscando informações que o ajudem a mudar seu modo de  agir e pensar no bem estar  coletivo para  a construção de novos perfis de consumo.