Enviada em: 11/10/2017

A obsolescência programada não é um problema atual. Seu início ocorreu na revolução industrial com a implantação do modelo Taylorista. Esse modelo defendia que os aparelhos possuíam um período programado de funcionamento, fazendo com que o consumidor  investisse em novos produtos e consequentemente aquecesse a economia. Infelizmente, essa prática ainda é muito recorrente e a vida útil dos produtos cada vez mais curta, o que gera problemas ao meio ambiente e ao cidadão.       Desse modo, apesar do avançado conhecimento tecnológico que a sociedade atual dispõe, ainda há um longo caminho a ser seguido.  Se o modelo vigente continuar em vigor, os impactos ambientais que o lixo eletrônico causará na biosfera tomará proporções devastadoras. Após o descarte incorreto, esses aparelhos liberam chumbo, mercúrio e outros metais nos lençóis freáticos que contaminam as plantas e os animais por meio d'agua. Por sua vez, o ser humano ao consumir esses produtos,   pode desenvolver problemas que vão de enjoos e tonturas até o câncer.           Ainda há, além disso, mais um ponto preocupante. Este sistema influencia o consumismo exacerbado. Cria um espírito competitivo entre a população e uma falso sentimento de que quem possui o que existe de mais moderno em mãos torna-se o melhor entre seu grupo social. Uma pesquisa realizada pelo IDEC constatou que mais da metade da população brasileira troca de aparelho celular em um período menor que três anos, ou seja, a sociedade busca por novas tecnologias frequentemente e com o  descarte inadequado ainda gera em risco desnecessário para si.                  Medidas, portanto, são indispensáveis para resolver o impasse. Immanuel Kant acreditava que o conhecimento molda o ser humano. Logo, se o Ministério da Educação em parceria com os meios midiáticos intensificar as campanhas educadoras, instruindo a população sobre os perigos do descarte incorreto de eletrônicos, possuiria-se, gradativamente, indivíduos mais conscientes e corretos em seus atos. Isso diminuiria a liberação de componentes prejudiciais à saúde na natureza.