Enviada em: 27/10/2017

A obsolescência programada, considerada a redução da vida útil de produtos com o objetivo de garantir à indústria uma demanda futura. Portanto, esse método abrange consequências devastadoras para o meio ambiente e para a cultura e situação financeira da população. Contudo, não é um problema incontornável no territória brasileiro. Nesse contexto, desde a ascensão do capitalismo como modelo econômico mundial, a produção em massa, o modo de produção caracterizante desse modelo, passou a incentivar principalmente após as crises de superprodução, como a 1929, o consumo em massa. Pois, segundo princípios econômicos, é preciso atingir o equilíbrio entre demanda e produto. Logo, a obsolescência programada foi utilizada para garantir a eficácia desse objetivo. Contudo, as consequências desse procedimento não são suportadas pelo meio ambiente, assim, como evidências dessa dificuldade temos o desperdício de materiais e  a produção desnecessária de lixo. Outrossim, o direito à informação adequada e clara sobre o produto, estabelecido pelo Código de Defesa do Consumidor, inclui a necessidade de apresentação da sua durabilidade. Contudo, compreende-se a dificuldade da sociedade obter o acesso a essa informação. Desse modo, a sociedade deve ter conhecimento desse direito para que, se houver violação, essa seja denunciada. À vista disso, e conforme o ativista Mahatma Gandhi, "o futuro dependerá daquilo de fazemos hoje". Desse maneira, medidas podem ser estabelecidas para a redução dos impactos da obsolescência programada. Logo, através de campanhas televisivas elaboradas pela mídia conjuntamente a ONG's apoiadoras da simplicidade voluntária (estilo de vida que abrange o anticonsumismo), pode-se conscientizar a população brasileira sobre os malefícios ambientais e os desperdícios que a obsolescência e o consumismo provocam no país. Outra medida a ser implantada, desta vez pelo poder público, seria tornar obrigatória a apresentação dos dados sobre a durabilidade de produtos considerados bens duráveis no lado externo de suas embalagens. Por fim, é esperado que com essas medidas, a população se torne mais consciente dos perigos da obsolescência programada e utilize dos meios de boicote a esse procedimento.