Enviada em: 29/10/2017

Mais que Consumo      Com o advento da Segunda Revolução industrial e a necessidade de mercado consumidor, a neocolonização implantou um novo modelo de consumo, e passou a remodelar a relevância dos produtos. Nesse contexto, muitas indústrias se aproveitam do conhecimento tecnológico desenvolvido para a programação prévia da obsolência dos dispositivos eletrônicos. Dessa forma, a compra exacerbada e os resíduos sólidos são grandes desafios atuais.           A incitação ao uso de produtos desenfreada gera um problema coletivo de desigualdade, no qual, determina o maior poder de compra e de status social como um modelo de vida. Nesse parâmetro, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman apregoava que a sociedade hodierna tem necessidade psicológica de aquisição, decorrente disso acarreta em hábitos compulsivos. Desse modo, a obsolência programada acentua a compra excessiva, visto que os antigos aparatos logo se tornam inutilizáveis, o que leva à compra substitutiva e ao endividamento.         Outro fator agravante são as consequências ambientais geradas pelos descartes do lixo sólido. Pesquisas recentes afirmam que, hoje, há no mundo uma quantidade de celulares superior à própria quantidade de pessoas. Tal dado mostra o excesso de dispositivos eletrônicos desnecessários no planeta, os quais, além de contribuir para o volume de lixo, possuem substâncias nocivas. Em decorrência, o descarte inadequado de pilhas e baterias é responsável por causar doenças, como o câncer, devido ao decaimento radioativo. Além disso, a produção e a compra desenfreada geram o acumulo de materiais que muitas vezes, não podem ser reutilizados ou reciclados.          Com o intuito de amenizar os impactos maléficos, algumas medidas são cabíveis. É necessário que as autoridades públicas intervenham no modo de produção fiscalizando-o e regulando-o através de normas que impeçam a obsolência programada e outras estratégias abusivas. Ademais, os órgãos públicos socioambientais devem se ocupar do que tange ao descarte correto do lixo, principalmente o radiativo, com a finalidade de evitar problemas de saúde na população. Por fim, o consumidos deve se atentar as enganações comerciais de modo a consumir racionalmente. Assim, o problema será gradativamente amenizado no país.