Enviada em: 19/03/2018

O desafio de lidar com a questão da obsolescência programada é proveniente de um legado histórico-cultural. Desde o advento da tecnologia como suporte às relações humanas, o mundo ficou dependente da ciência. Nesse sentido, a curte duração de produtos eletrônicos e o descarte inadequado, são alguns dos estigmas que o mundo, principalmente o Brasil, foi convidado a combater.                                                                                Dentre as inúmeras razões para o cerne disso, figuram em destaque duas. Inicialmente, nota-se que, a tecnologia, de certo, é essencial para a maioria da humanidade. Desse modo, a inter-relação com o capitalismo fica explicíta, uma vez que empresas atualizam seus produtos- smartphones, tv's, carros- cada vez mais rápido. O problema é que, obstinados em obter o modelo mais moderno, o indivíduo acaba comprando um novo modelo e, assim, não sabe o que fazer com seu produto velho, descartando-o em qualquer lugar.                                                        Há de se saber, ainda, que apesar de Constituição Federal de 1988 assegurar manutenção e preservação do meio ambiente, atitudes de descarte inadequado de eletrônicos acabam contaminando os solos, rios, e superlotando lixões. Sob essa conjuntura, o individualismo, evidenciado na obra de Zygmund Bauman, leva a sociedade a priorizar apenas a si mesma. Assim, possuir a última tecnologia de ponta, é fundamental para fazer parte de uma sociedade pautada pelo rápido consumo e descarte.                 Recai sobre o ser humano, portanto, o compromisso de administrar com mais consciência as mudanças proporcionadas pelo avanço do mundo globalizado, uma vez que, a limitação da vida útil de produtos é cada vez mais presente no mundo contemporâneo. Ademais, à Prefeitura cabe construir áreas de descarte adequadas nos bairros das cidades ,evitando que produtos,como pilhas, sejam descartados em lugares errados.