Enviada em: 05/04/2018

A obsolescência programada trata-se de uma técnica utilizada por grandes empresas, que intenta o aumento do lucro e a conservação do mercado; consistida na "programação" da vida útil e usabilidade dos produtos em sua fabricação para que esses se tornem obsoletos ou não-funcionais, obrigando o consumidor a comprar uma nova geração de um mesmo item. Posto que essa técnica seja demasiadamente corriqueira, ela não só prejudica o meio ambiente, mas também aliena o consumidor, induzindo-o à compra e o descarte desnecessário de produtos tecnológicos.         Enquanto ocorreu um grande avanço na tecnologia desde a Grande Depressão, que existiu em 1929, quando a prática de obsolescência programada foi criada a fim de aumentar o consumo e restaurar a economia, houve também um aumento exorbitante no consumo, descarte e produção de produtos eletroeletrônicos, que nada mais fazem a não ser ocasionar impactos ao meio ambiente. Mediante o acréscimo dessas taxas, aconteceu o mesmo com o acúmulo de dejetos eletrônicos que não são biodegradáveis e se, descartados incorretamente, causam impactos ambientais como: contaminação do solo, da água e do ar, graças a seus metais pesados e substâncias tóxicas, que acabam afetando também plantas, animais e humanos. Além disso, a extração de matéria-prima para produzir esses produtos também deteriora o planeta.       Apesar de ser senso comum entre os compradores que os produtos apresentam um tempo de vida útil cada vez menor, isso não gera insatisfação entre a população, sugerindo que a troca desses seja algo natural. O pensamento: "ter o mais novo é melhor" está tornando-se regular entre os usuários dessas tecnologias, visto que é agregada uma noção de status aos aparelhos, gerando uma predisposição à substituição. Assim, a troca de aparelhos não depende sempre do bom ou mau funcionamento dos mesmos, mas sim do projeto individual de construção e atualização contínua da sua identidade. O consumismo exerce um papel central na vida das pessoas, influenciando suas maneiras de pensar, agir e sentir.       Então, conclui-se que para reduzir as consequências sociais e ambientais da obsolescência programada ou psicológica, cientistas sociais, econômicos e o Estado devem realizar campanhas para controlar o mercado consumidor, assim como restringir, na produção das mercadorias, a obsolescência; por meio de investimentos do Governo Federal arrecadados por impostos. Enquanto o poder Legislativo juntamente com o Executivo devem criar e aplicar leis para punir empresas que descartam indevidamente o lixo eletrônico.