Na mitologia grega, Zeus condenou Sísifo a empurrar uma pedra em uma ladeira devido às rebeldias contra o poder dos deuses. Desse modo, toda vez que a rocha chegava ao topo ela voltava, e o mortal tinha que continuar a empurrá-la. Esse castigo é semelhante às perspectivas e aos desafios da educação a distância no Brasil, pois quanto mais o povo luta pelo acesso à educação, mais empecilhos surgem para continuar os estudos. Porém, o ensino ofertado online muda a vida de muitos brasileiros e a democracia. Primeiramente, o ensino online facilita a interação de pessoas portadoras de necessidades especiais, como cadeirantes, na capacitação profissionalizante e adesão ao mercado de trabalho. Essa facilidade possibilitou ao indivíduo não precisar se locomover frequentemente até a instituição de ensino, que, muitas vezes, não é adaptada estruturalmente para receber o aluno especial. De maneira análoga, essas pessoas seriam como Sísifo empurrando a pedra, ou seja, sem o ensino a distância, muitas vezes, não teriam como aperfeiçoar a carreira profissional, e possivelmente, não conquistariam o diploma e a equidade na sociedade. Ademais, as aulas virtuais ampliam o conhecimento e formam alunos mais conscientes e críticos, tornando, portanto, um país mais democrático. Por isso, Gilberto Freyre explica que o saber sem um fim social, não proporciona o desenvolvimento da nação. Dessa forma, para os brasileiros não sofrerem como o mortal da mitologia que enfrentou os deuses, observa-se que é fundamental a ampliação do conhecimento para desmitificar estereótipos e toda ideologia discriminatória e preconceituosa enraizadas na sociedade. É notório, portanto, que o acesso às aulas virtuais sejam desfrutadas por toda população para construir um país sem preconceitos e mais justo. Logo, o Ministério da Educação precisa, por meio de propagandas e palestras, ensinar a importância do conhecimento adquirido online e torná-la mais estimulante à sociedade. Assim, a semelhança de Sísifo com a educação online só permanecerá no plano das ideias.