Enviada em: 09/07/2019

Nos últimos anos, a ascensão da informática possibilitou o surgimento de diversas fontes de aprendizagem para os usuários da rede. Tal fenômeno, após mais de duas décadas do início da popularização da internet, cresce exponencialmente, sobretudo com cursos técnicos e de nível superior, atraindo milhares de pessoas que procuram aprimorar seus conhecimentos. No entanto, há fatores positivos e negativos acerca dessa questão que devem ser discutidos, principalmente no que se refere à qualidade e eficácia das modalidades de ensino.     Desde a época colonial até quase o fim do império de Dom Pedro II, os jesuítas portugueses vinham às terras tupiniquins com fins pedagógicos, inicialmente a fim de catequizar o povo nativo e, posteriormente, foram responsáveis pela educação nos primeiros colégios brasileiros, tendo em vista que não havia ainda sedimentada a formação de professores no território brasileiro. Entretanto, mesmo hoje em dia, existem muitos locais, especialmente interioranos e de difícil acesso, que não possuem centros qualificados para lecionar a níveis educativos mais altos além do básico, tendo ao interessado como única opção sendo a de estudar à distância. Por esse motivo, essa alternativa é muito viável para a população que não tem condições de morar ou ir diariamente as cidades que tenham os núcleos de ensino.      Por outro lado, a oferta exorbitante crescente de cursos a distância é preocupante, pois se questiona muito se esse modelo é equivalente a excelência do presencial ou não. De acordo com dados divulgados pelo portal de notícias G1, quase 20% dos milhões de graduandos estudam pelas plataformas online em 2019, sendo que 21% das novas matrículas em faculdades nesse ano representadas por tal grupo. Nesse sentido, é fundamental avaliar o conhecimento desse tipo de aluno em comparação ao que frequenta fisicamente e diariamente a instituição educativa.    Nesse contexto, cabe ao Ministério da Educação aplicar o ENADE (Exame Nacional de Desempenho do Estudante) com vigor ao EAD, com sua aplicação anual para os cursos novos, com o intuito de avaliar o rendimento dos primeiros estudantes desde o primeiro até o último ano de graduação. Caso o desempenho do alunos esteja abaixo na média, a instituição responsável deverá ser obrigada a extinguir o curso. Desse modo, essa proliferação deliberada e sem critérios poderá ser impedida.