Paulo Freire, lendário educador brasileiro, condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas, qualificada por ele como educação bancária. Para o filósofo, as parcelas menos favorecidas da sociedade devem entender a sua situação de oprimida e lutarem em favor da própria libertação. Paralelamente, é fato que hodiernamente, a educação à distância avoca no indivíduo a emancipação defendida por Freire, isto é, a pedagogia semota oferece flexibilidade e baixo custo. Em primeiro lugar, é importante destacar que a modalidade da educação à distância, sem dúvidas, torna-se um dos principais atrativos para quem busca o ensino superior. Para exemplificar, tem-se uma pesquisa realizada pela Educa Insights que acabou por eleger a flexibilidade como uma das vantagens, sendo o preço o segundo, que mais contribuíram na escolha, ou melhor, 49% dos estudantes entrevistados afirmaram a ideia supracitada. Por conseguinte, o baixo custo também é fator contribuinte. Isto é, de acordo com o estudo elaborado pela Quero Bolsa, entre os alunos consultados para a pesquisa, 27% optaram pela EAD(Educação à Distância) devido ao preço mais acessível. Só para exemplificar, tem-se a discrepância da mensalidade do curso de Administração, no qual na modalidade à distância os preços variam entre 150 e 500 reais, enquanto, no curso presencial o preço oscila entre 300 e 2.800 reais. Mediante o elencado, nota-se o avanço progressista da modalidade por fatores diretamente relacionados a situação econômica de grande parte das famílias brasileiras. Portanto, é mister que o Estado tome providências para contribuir positivamente com a temática. Para a conscientização da população brasileira a respeito da importância do ensino superior e a facilidade evidenciada na pedagogia semota, o Estado deve elaborar campanhas por meio de redes televisivas através de verbas governamentais. Assim todo cidadão usufruíra da emancipação defendida por Paulo Freire.