Enviada em: 13/08/2019

A adoção de novas metodologias de ensino ocorre em um momento de reorganização de um mercado cada vez mais competitivo. O número de matrículas na graduação à distância chega a quase 2 milhões, o que representa 21% do total do ensino superior no país. Estudar à distância é uma alternativa muito viável para quem pensa em investir nos estudos e na profissão. Tanto é que cerca de 7 milhões de brasileiros estavam matriculados em alguma modalidade EAD em 2017. Entre os fatores que levaram o aluno a fazer a escolha pelo ensino virtual foi a flexibilidade de horários, a não necessidade de locomoção até o ambiente de estudo e os valores das mensalidades mais acessíveis. Porém os especialistas questionam a qualidade desse tipo de ensino, onde não há a interação entre aluno e professor. "Essas novas tecnologias estão aí, mas elas tem que ser colocadas a favor da boa formação de todos os profissionais. Não podem se transformarem fábricas de diplomas" diz César Callegari. Uma das entidades que representam as faculdades observa que o ensino à distância no Brasil cresceu muito rapidamente em um curto espaço de tempo, e por conta disso o modelo ainda tem que ser aperfeiçoado. "Nós temos que quer olhar, pensar num modelo e não é porque tem esse baixo custo que tem que ser de má qualidade. Nós temos que encontrar um equilíbrio e obviamente melhorar os resultados das avaliações" comenta Fábio Reis. Fronteiras entre cursos presenciais e à distância estão cada vez menores, com crescimento dos chamados semipresenciais. Salas de aula mais conectadas e um ensino à distância (EAD) permeado por mais encontros presenciais podem se tornar a nova regra na educação dentro de alguns anos. A aposta para o futuro é na quebra de barreiras entre a EAD e o ensino tradicional.