Enviada em: 23/08/2019

Educação à distância para todos?          A procura pela educação à distância cresceu exponencialmente nos últimos anos no Brasil; seja em busca dos cursos técnicos ou dos superiores, como graduação e pós-graduação, os lados positivos do "EAD" conquistam inúmeros brasileiros. O ponto negativo, no entanto, se ancora na falta de preparo para estudar sem a presença física de um professor.       A perspectiva para o ensino "on-line" é de grande crescimento no país já que se depara com um cenário pouco animador no ponto de vista econômico; muitos brasileiros, desse modo, com o intuito de valorizar o currículo mas continuar trabalhando, encontram nos cursos EAD uma maior flexibilização de horário e um valor mais agradável, preferindo, portanto, optar por esses.       Segundo o Censo da Educação Superior, o número de matrículas nessa modalidade de ensino corresponde a 21% do total no Brasil, com esse crescimento é provável que o acesso a graduações, por exemplo, seja mais democrático, uma vez que não exige um deslocamento diário nem muitos pré-requisitos: somente um computador com acesso à internet. O problema, no entanto, se baseia no fato de que muitos alunos saem da escola sem saber como estudar. Entende-se, erroneamente, por boa educação o estímulo a decorar um grande número de matérias para acertar uma maior quantidade de questões, desse modo, quando um estudante se depara com conteúdos que precisam ser entendidos e não decorados surge uma grande dificuldade. Isso se agrava com cursos EAD, principalmente graduações, quando o aluno nunca teve nenhum contato com o ensino superior; o abismo entre escola e faculdade passa a ser tão visível que a opção "online" deixa de ser tão democrática.       Para que os desafios da educação à distância seja vencidos é necessário rever como o ensino na escola é cobrado. É necessário ensinar como estudar e não só exigir que se estude. A partir do momento que cada um passar a entender que estudar requer compromisso e o Governo, a escola, professores e alunos se comprometerem com o "entender o conteúdo", o acesso ao nível superior realmente será democrático, pois as pessoas terão consciência das dificuldades e uma maior perspectiva de concluir um curso, seja ele presencial ou não.