Enviada em: 23/04/2018

Ao atuar como uma das três leis newtonianas, a lei da inércia afirma que um corpo tem tendência a permanecer em constante repouso ou movimento retilíneo e uniforme, até que atue sobre ele uma força suficiente para a mudança de seu percurso. Sob esse viés, a pobreza é um problema que persiste na sociedade brasileira. Logo, ela representa um desafio a ser enfrentado de forma mais expressiva pela população. Com isso, em vez de atuar como a força suficiente para a mudança de rota desse, a precária qualidade de ensino nas escolas aliada à desigualdade social contribuem para a intensificação de tal problemática.        A esse propósito, é indubitável que a precária qualidade de ensino nas escolas seja uma das principais responsáveis pelo aumento da pobreza no tecido social. De acordo com o filósofo alemão Immanuel Kant: "O ser humano não é nada além daquilo que a educação faz dele". De maneira análoga, é notório que, no Brasil, a precariedade nos estudos torna-se um grande obstáculo na vida dos indivíduos, pois os impedem de adentrar no mundo do trabalho, o que, consequentemente, os levam às condições desfavoráveis e à miséria. Algo deplorável, haja vista que, a educação é uma condição indispensável à vida, e a cada dia o brasileiro vem negligenciando-a.        Considera-se também, a desigualdade social como uma impulsionadora do problema. Isso acontece porque, no corpo social hipercapitalista em que se vive, o desejo insaciável da obtenção do lucro monetário faz com que os indivíduos tornem-se cada vez mais egoístas. Segundo o romancista brasileiro Ariano Suassuna, o Brasil de hoje é dividido em dois países distintos: o dos privilegiados e o dos despossuídos. Tal conceito condiz com a realidade, algo inadmissível, tendo em vista que a maior parcela da população encontra-se em condições calamitantes, enquanto a minoria, ou seja, os privilegiados, vivem como se nada houvesse.       Torna-se evidente, portanto, que ainda existem entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um Brasil melhor. Diante disso, é fundamental que o Governo, por intermédio de investimentos na educação, melhore a qualidade de ensino para os cidadãos deixando-os mais hábeis para agir no mercado de trabalho, logo, evitará condições desfavoráveis. Ademais, é necessário que o Ministério da Educação (MEC) fomente, nas escolas, campanhas e palestras que retratem o combate à pobreza, a fim de que a sociedade desprenda-se de certos mitos e não viva no mundo das sombras, bem como na alegoria da caverna do filósofo Platão.