Enviada em: 06/08/2018

O fruto do caos urbano    Para Émile Durkheim, a sociedade funciona como um organismo, ou seja, todos os componentes devem funcionar em harmonia para que seja possível alcançar o bem-estar coletivo. Porém, no Brasil contemporâneo, o elevado índice de pobreza dificulta tal equilíbrio, caracterizando um desafio que deve ser combatido pela população. Desse modo, o desordenado processo de urbanização e a falta de qualidade no ensino se encontram entre os principais motivos dessa taxa.    De acordo com dados fornecidos pelo IBGE, 50 milhões de brasileiros vivem na linha de pobreza. Isso ocorre, primordialmente, devido a falta de planejamento na configuração urbana. De modo que, em razão do acelerado êxodo rural, as cidades absorveram uma exorbitante quantidade de indivíduos, que não foi acompanhada por infraestrutura, como moradia, emprego, saúde e educação. Tal fato desencadeou o agravamento das diversas espécies de desigualdades.    Ademais, segundo o PNAD, apenas 23% dos jovens pobres concluem o ensino médio. Esse dado explicita os insuficientes investimentos estatais para garantir, da creche ao ensino médio, uma qualidade mínima de ensino público. Em consequência disso, o desenvolvimento do cidadão é prejudicado, promovendo a falta de oportunidades semelhantes a todos.    Torna-se evidente, portanto, que a pobreza é uma problemática fortemente presente na sociedade brasileira e necessita de métodos de elucidação. Nessa conjuntura, o governo através do Ministério das Cidades, deve elaborar programas sociais que proporcionem infraestrutura completa e igualitária para a população, a fim de reduzir as discrepâncias na comunidade. Além disso, é imprescindível que o Ministério da Educação forneça mais verbas para a criação de escolas públicas de qualidade, proporcionando oficinas e debates acerca de temáticas sociais, com o intuito de promover a educação efetiva. Assim, será possível minimizar o cenário de pobreza no Brasil.