Enviada em: 15/08/2018

É de conhecimento geral que, sob ótica da Constituição Federal de 1988, é dever do Estado garantir o direito a alimentação e bem estar social da população brasileira. No entanto, nota-se que a realidade presenciada no brasil difere da legislação em questão, visto que a fome e a miséria persiste atingindo milhares de brasileiros, constantemente, e seus direitos são negligenciados pela União. Sendo assim, políticas públicas e educacionais urgem na melhoria dessa problemática advinda da desigualdade social.      Em primeira análise, deve-se frisar que já afirmava Talcott Parsons, que a família é uma máquina que produz personalidades. Nesse viés, percebe-se que a baixa condição socioeconômica dos brasileiros está intrinsecamente relacionada com o âmbito familiar, pois situações de baixo nível escolar e financeiro, por exemplo, acabam sendo reproduzidos nas gerações,  exponenciando o número de famílias miseráveis. Exemplo disso, são dados divulgados pelo Data folha, em 2013,  afirmando que mais da metade das famílias no país recebem salários de até ínfimos dois mil reais.    Além disso, vale pontuar que o descaso governamental é lastimável na sociedade, pois situações de crise econômica, aliada à corrupção, são fatores determinantes no desemprego, em massa,  e cortes bruscos em políticas assistencialistas, fatores principais no combate à fome, gerando, portanto, um grave aumento da pobreza no país. Afinal, dados do site G1, de 2017, exemplificam essa situação ao afirmar que a tendência é que a pobreza aumente para mais de 2,5 milhões de cidadãos até o final de 2017.    Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre Estado e Ministério da Educação, tendo em vista que será estipulado o aumento das cotas sociais, em universidades públicas, no intuito de erradicar a reprodução da baixa escolaridade nas famílias e melhorando a condição socioeconômica. Aliado à isso, a União deve investir financeiramente na ampliação de políticas como ''Bolsa Família'' para reduzir a miséria no país. Ademais, é preciso que o Poder Público, em casos de crise, evite ao máximo cortes de empregos evitando assim a fome no país.