Para o sociólogo Durkheim, a sociedade é análoga a um corpo biológico que, assim como este, está super interligado e, se afetado por patologias, todo o sistema é atingido. Nesse sentido, tais peculiaridades assemelham-se à pobreza em evidência do Brasil, que é propulsora de um grande desequilíbrio social. Nesse contexto, esse impasse é fruto de rastilhos históricos e dos males do sistema capitalista. Em primeira análise, é notório que as medidas de estruturação social do país foi totalmente desigual. Posto isso, tal fato é motivado não só pela concentração fundiária promovida pela distribuição sesmarias do período colonial, como também pelas más gestões políticas, como a urbanização do Rio de Janeiro, que marginalizou os negros para locais sem infraestruturas- as favelas. Assim, bem como considerou o sociólogo Florestan Fernandes, as desigualdade de oportunidade - como a má educação e o desemprego- é responsável pela manutenção de tal quadro. Outrossim, é indubitável que com a consolidação do capitalismo a pobreza é agravada. Nesse viés, essa assertiva é constatada quando se observa a gradativa tentativa de exploração salarial dos trabalhadores, assim como a cobrança igualitária de impostos em um país tão desproporcional economicamente. Da mesma maneira, o filósofo Marx disserta acerca da ''Mais-Valia'', que caracteriza-se pelo antagonismo de uma minoria cada vez mais rica e uma maioria cada vez mais relegada. Por conseguinte, até a criminalidade é disseminada. Entende-se, portanto, que a pobreza em evidência no Brasil é fruto de rastilhos históricos e dos males do sistema capitalista. Para combatê-la, os governadores devem promover um projeto de combate às desigualdade sociais, por meio de construção e estruturação de escolas, assim como, em parceria com empresas, abrir vagas de empregos nas comunidades que necessitam, para aumentar as oportunidades. Em consonância, cabe aos deputados e senadores, promover um projeto tributário, para que os ricos paguem mais impostos, assegurando a igualdade.