Enviada em: 08/04/2019

De acordo com o filósofo Jean Jacques-Rousseau, os seres humanos fazem uma espécie de contrato social como os governantes. Em troca de deixarem a liberdade, alguém superior se encarregará de fazer as leis e fiscaliza-las. Desta forma, Rousseau acredita que os homens poderão viver em paz e prosperar. Todavia, no Brasil tais ideias estão desvinculadas da realidade, tendo em vista o aumento do número de brasileiros vivendo na pobreza.   Em primeiro lugar, é importante pontuar que, a corrupção está intrinsecamente ligada a esse fenômeno, pois, ela afeta negativamente todas as esferas da vida da sociedade e do Estado. Conforme a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o impacto da corrupção nas contas públicas corresponde a 0,5% do produto interno bruto (PIB) do país, cerca de 10 bilhões de reais anualmente. O estudo mostra, ainda, que se esse dinheiro estivesse nos cofres públicos seria possível suprir, por exemplo, parte significativa do déficit habitacional com a construção de casas populares.     Por conseguinte, o uso indevido da máquina administrativa configura uma sensação de mal-estar coletivo, em que sempre olhamos de modo muito cético os rumos que a política, no Brasil, tem tomado. Entretanto, logo tudo se esquece, contribuindo à impressão de impotência por parte da sociedade; a corrupção é, pois, tolerada. E isso gera concepções de senso comum acerca de uma natural desonestidade do brasileiro, com caráter duvidoso, configurando na mesma banalidade do mal descrita pela filósofa alemã Hannah Arendt em 1963.     Portanto, é mister que os três poderes tomem providências para amenizar o quadro atual. Para a conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que o poder legislativo crie leis mais severas contra os crimes de corrupção e, o poder judiciário julgue tais delitos através destas leis, de forma que o dinheiro desviado retorne aos cofres públicos, assim , o poder executivo poderá administrar essas verbas de forma humanizada , atingindo desta maneira a máxima de Rousseau.