Enviada em: 16/08/2017

Homens e mulheres vivendo nas ruas. Crianças pedindo esmolas ao invés de estarem na escola. Famílias inteiras vivendo em condições precárias nos subúrbios. Infelizmente, em pleno século XXI, a pobreza é uma realidade no cenário nacional. Com origem no período colonial, a desigualdade social aliada à falta de políticas públicas eficientes, é um dos principais motivos para manutenção de tal dura realidade no país.        Segundo dados da ONG britânica Oxfam, instituição ligada à erradicação da pobreza no mundo, no Brasil a soma da riqueza de seis bilionários equivale ao somatório de 50% da renda da população mais pobre. Tal fato ratifica a preocupante situação de concentração de renda no país que teve inicio logo na colonização do país com a divisão das terras em capitanias hereditárias aos donatários. Esse feito transcorreu as décadas e, somado ao desenvolvimento do capitalismo e o surgimento do ideal de acúmulo de capitais, permitiu a perpetuação desse cenário de má distribuição no país.       Em concomitância com o então apresentado, emenda-se a falta de políticas públicas do Estado que assiste os interesses da elite em detrimento da parcela pobre da população. A falta de investimentos em setores como educação e saúde somados aos desvios de verbas no setor público, limita o desenvolvimento socioeconômico de grande parte da população e corrobora para um histórico de marginalização e exclusão social. Além disso, cabe ressaltar que a pobreza impossibilita a isonomia de direitos, previsto na Constituição Brasileira, criando, portanto, um quadro de negação do direito à cidadania e à democracia.        Nesse ínterim, fica evidente a necessidade de ir ao encontro desta triste problemática. Convém, portanto, que, primordialmente, o Estado, por meio do Ministério da Educação e do Desenvolvimento, promova políticas públicas que garantam a promoção da educação; a capacitação para o mercado de trabalho; o combate à fome, além de garantir saúde de qualidade a todos. Um exemplo seria a manutenção e ampliação de programas como a bolsa família, que tem papel fundamental de evitar a miséria em regiões pobres do país. Garantido os direitos básicos, cabe à população, juntamente com a iniciativa privada, criar fóruns de debate sobre a problemática com o fito de propor mudanças neste quadro. Sob tal perspectiva, poder-se-á construir um Brasil mais igualitário.