Enviada em: 23/10/2017

O Brasil possui raízes históricas de desigualdade sociais e econômicas que persistem desde seu período colonial, no qual o ambiente era divido entre colonos portugueses que detinham os poderes e escravos indígenas ou africanos, submetidos a um regime marcado por sofrimento, fome e precária higiene, saúde e educação. No contexto do século XXI, entretanto, esses contrastes ainda marcam a sociedade brasileira, na qual cerca de 116 milhões de famílias vivem em condição máxima de pobreza.   A princípio, vale pontuar que a concentração de terras, iniciada na colonização, corrobora para os elevados índices de pobreza. Durante anos da história do país, a elite agropecuária detinha a maior parte dos latifúndios cultiváveis, expulsando a população de baixa renda para áreas improdutivas. Atualmente, o cenário permanece inalterado, tendo em vista a especulação imobiliária nos grandes centros urbanos que segrega a maior parte da população para zonas periféricas com pouco ou nenhum saneamento básico. Dessa maneira, nota-se a semelhança entre o modo desumano de vida dos escravos com os cidadãos carentes mais de um século depois.    Ademais, convém ressaltar que as exíguas políticas assistencialistas fornecidas pelo Estado colaboram para que a pobreza se mantenha constante. O programa Bolsa Família, exemplo máximo de assistência, foi lançado para combater as condições de extrema miséria da população, no entanto, embora solucione em partes a concentração de renda, questões como educação, saúde e lazer continuam negligenciadas, exibindo a má gestão pública para com os mais necessitados. Desse modo, percebe-se que para atenuar condições subumanas de vida, é necessário ampliar o apoio e auxílio fornecido pelo Governo.    Logo, é indubitável que as mazelas da colonização brasileira devem ser superadas. Para isso, com fundamento aristotélico de que o Poder Público deve assegurar boas condições de vida para a sociedade, é preciso que o Executivo, nos papéis de Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário, solucione o problema de terras, ampliando o programa Minha Casa, Minha Vida, que fornece imóveis para cidadãos carentes, por meio da maior destinação de impostos arrecadados pela Receita Federal, priorizando, também, projetos de reforma agrária e assistencialistas propostos pelos municípios. Além disso, cabe ao Estado, com apoio de ONGs e setores privados, investir em educação pública de qualidade, ampla disponibilidade de saúde pública e itens de lazer para a população, com uso de fundos monetários fornecidos por países desenvolvimento que contam com incentivo comunitário para o desenvolvimento social.