Enviada em: 02/11/2017

Desemprego, fome, miséria, contas atrasadas, muita dor de cabeça e preocupação; um cenário preocupante no qual se encontram mais de 2 milhões de brasileiros, de acordo com o Banco Mundial. A situação de pobreza no Brasil, que fora retratada de diversas formas nos livros da literatura nacional, principalmente nos de Ariano Suassuna, ainda está presente fora das páginas atualmente e pode ser revertida; como disse Nelson Mandela: "A pobreza não é algo natural. Ela foi criada pelo homem e, por isso, pode ser erradicada e superada por meio de ações".       Muitas vezes busca-se desprezar alguns fatos sociais usando como justificativa o famoso ditado popular que diz: "O que os olhos não veem, o coração não sente". Desta forma, ignora-se o menino que faz malabarismo no sinal para conseguir dinheiro e o mendigo que pede esmola. A filósofa norte-americana Ayn Rand certa vez disse que "pode-se ignorar a realidade, mas não se pode ignorar as consequências de ignorar a realidade", e é isso que muitas pessoas, principalmente as de classes mais altas, têm feito - fechado os olhos para a pobreza acreditando que um dia ela irá sumir espontaneamente, achando que a ação de caridade feita em algumas ocasiões, para desencarrego de consciência, resolverá o problema; enquanto isso, a situação de quem já era pobre de bens materiais fica cada vez pior, e os ricos ficam cada vez mais carentes de espírito solidário e de empatia para com o próximo.       Alguns atribuem a culpa da pobreza à falta de escolarização, esquecendo-se dos muitos jovens especializados, os quais se encontram desempregados devido à pouca quantidade de empregos disponíveis e à elevada mão de obra disponível no país. Pensando nessa questão, o governo criou um programa chamado Bolsa Família, que consiste em um auxílio para famílias de baixa renda, visando ajudar financeiramente e incentivar a educação de crianças. Vale salientar também que a qualificação não é o único fator que contribui para a pobreza; um país em crise, com falta de capital e uma má governação, também favorece a perpetuação do problema.       Portanto, fica claro que a sociedade precisa tirar a venda dos olhos, parar com o elitismo e ser mais solidária. Cabe ao governo também uma fiscalização dos programas sociais para impedir a corrupção e garantir que os mesmos sejam designados a quem realmente necessita; assim como investir em escolas e infraestrutura, garantindo também o acesso das mesmas a toda população. Ademais, o Estado deve criar projetos os quais visem à inserção de mais empregos no mercado, conjuntamente com empresas privadas, buscando a amenização ou até mesmo a erradicação do problema. "Superar a pobreza é um ato de justiça", disse Nelson Mandela; então que se faça justiça.