Enviada em: 30/04/2018

Não limitarão o nosso universo       A reforma nacional do ensino médio, a ser aprovada como medida provisória, prevê a divisão dos conteúdos como obrigatórios e facultativos de acordo com a base nacional comum curricular (BNCC), e a ampliação da carga horária de 800 para 1400 horas anuais.Tal reforma no entanto está sendo amplamente criticada, por restringir o aprendizado dos alunos e ignorar os problemas de infraestrutura das escolas. a realidade em que estão inseridos, já que a carga horária planejada vai de encontro a estrutura das escolas públicas, que não foram arquitetadas para o ensino integral.       A interdependência entre os conteúdos na carreira profissional e para a formação social dos indivíduos é algo que preocupa os alunos, pois com a reforma caberá a eles escolher, além dos conteúdos obrigatórios, apenas uma das quatro áreas do conhecimento e como dizia o famoso físico e matemático alemão: Albert Einstein "Tudo aquilo que o homem ignora, não existe para ele. Por isso o universo de cada um, se resume no tamanho de seu saber". Dessa forma os alunos se veem limitados, afligindo também aqueles que optarem por profissões dependentes de duas ou mais áreas do conhecimento.      Como dito anteriormente a reforma ignora a realidade em que os estudantes estão inseridos, já que as escolas públicas brasileiras não tem a estrutura necessária para o ensino integral. Segundo o MEC será disponibilizada uma verba para que haja mais instituições de ensino integral, entretanto este não será obrigatório, o que contradiz o novo plano de carga horária que para ser cumprido deverá ter no mínimo sete horas diárias num período de 200 dias letivos. Ademais a faixa salarial dos professores precisa ser repensada proporcionalmente ao aumento do período letivo. O que ainda não foi posto em pauta pelo governo.       Dessa forma percebe-se que os impactos negativos da reforma do ensino médio tem mais relevância que os positivos e para soluciona-los é preciso repensar a proposta. Em um primeiro momento tornando-a um projeto de lei, para que seja debatida por mais pessoas e consequentemente melhor planejada. Além disso é fundamental que as quatro áreas do conhecimento sejam incluídas na grade curricular obrigatória e apenas o aprofundamento das mesmas seja flexível. E por fim é impreterível que mais verba seja deslocada para reformar todas as escolas e assim oferecer ensino integral e igualitário bem como um salário justo aos funcionários da área. Apenas assim a reforma será eficiente e trará ordem e progresso para a educação brasileira.